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quinta-feira, 9 de junho de 2016

BPChoque recaptura 4 fugitivos de Alcaçuz, RN; casal também é preso

Presos foram recapturados nos arredores da penitenciária, que fica em Nísia Floresta, cidade da Grande Natal (Foto: Divulgação/BPChoque)
Policiais do Batalhão de Choque da Polícia Militar (BPChoque) recapturaram na madrugada desta quinta-feira (9) quatro fugitivos da Penitenciária Estadual de Alcaçuz, maior presídio do Rio Grande do Norte. A fuga aconteceu na noite desta quarta (8) por um buraco escavado no pé do muro, próximo de uma guarita de vigilância que estava desativada. Os nomes dos detentos não foram divulgados. A direção da unidade ainda aguarda uma recontagem para saber, ao todo, quantos presos escaparam.

Segundo o major Rodrigues Barreto, comandante do BPChoque, as buscas  começaram assim que a PM foi informada da fuga. “Nossa equipe visualizou os quatro fugitivos em um veículo modelo Celta. Além deles, um casal que estava no veículo dando apoio à fuga também foi detido. Todos foram entregues à Polícia Civil para os procedimentos legais”, acrescentou.
A fuga
Alcaçuz fica em Nísia Floresta, cidade da Grande Natal. Segundo a direção da penitenciária, os presos que escaparam são do pavilhão 2. O buraco usado foi escavado no pé do muro, próximo de uma guarita de vigilância que estava desativada.
Coordenador da Administração Penitenciária do estado, Zemilton Silva disse ao G1 que a fuga aconteceu por volta das 21h. Segundo ele, os presos fizeram um buraco no piso da quadra do pavilhão e saíram se arrastando até o pé do muro, entre as guaritas 2 e 3, onde um escavaram um novo buraco. “A guarita 3 estava desativada por falta de policiamento. De certo forma, isso facilitou a fuga”, ressaltou. “Quando o PM da guarita 2 percebeu a movimentação, ele fez vários disparos de advertência, mas alguns detentos já haviam passado pelo buraco. Ele disse que chegou a ver três presos correndo no meio da mata”, acrescentou.
Alcaçuz possui aproximadamente 1.100 detentos. A capacidade é para 620.
Guaritas desativadas
Agentes penitenciários que estavam de plantão na noite desta quarta relataram que, além da guarita 3, outros três postos de vigilância também estavam sem guardas no momento da fuga. A segurança externa do presídio é feita pela Polícia Militar. Alcaçuz possui 10 guaritas. Comandante geral da PM no estado, coronel Dancleiton Pereira negou que as guaritas estivessem desativadas no momento da fuga. Porém, ressaltou que o Comando de Policiamento Metropolitano (CPM) irá apurar o caso.
Sem contar com os fugitivos desta quarta, 216 detentos já fugiram de unidades prisionais do estado este ano. A média é de 10 fugitivos por semana.
Tentativa 
Presos do pavilhão 2 já haviam tentado escapar de Alcaçuz esta semana. Foi no domingo (5), quando alguns detentos se aproveitaram que estava chovendo forte e pularam o muro da quadra. Fora do pavilhão, eles rastejaram para tentar cavar um buraco no pé do muro. Contudo, o guariteiro conseguiu ver a movimentação e atirou para o alto. O grupo de patrulhamento do sistema prisional que estava realizando uma ronda externa entrou na unidade e conseguiu capturar cinco presos que estavam ainda dentro da penitenciária.
Marcas de pneus revelam intensa movimentação da guarda após a fuga; à noite, imagens mostram iluminação precária e o buraco por onde os presos passaram (Foto: Divulgação/PM)
Sistema em calamidade
O sistema penitenciário potiguar não passa por um bom momento. E faz tempo. Em março de 2015, após uma série de rebeliões em várias unidades prisionais, o governo decretou estado de calamidade pública e pediu ajuda à Força Nacional. Para a recuperação de 14 presídios, todos depredados durante os motins, foram gastos mais de R$ 7 milhões. Tudo em vão. As melhorias feitas foram novamente destruídas. Atualmente, em várias unidades, as celas não possuem grades e os presos circulam livremente dentro dos pavilhões.

Além das unidades depredadas e da superlotação, a violência e as fugas também se tornaram problemas constantes para o Estado. Somente este ano, 12 detentos morreram dentro dos presídios e 216 já escaparam do sistema. Alguns foram recapturados, mas nem a Secretaria de Justiça (Sejuc) nem a Secretaria de Segurança Pública (Sesed) sabem precisar a quantidade de fugitivos que retornaram aos presídios.
Fugas em 2016
- Penitenciária Estadual de Alcaçuz, em Nísia Floresta: 69 fugitivos em 11 fugas (19 e 21 de janeiro, 21 e 24 de fevereiro, 10 e 13 de março, 10, 16, 18 e 23 de abril e 2 de maio);
- Cadeia Pública de Natal, em Natal: 46 fugitivos em 1 fuga (12 de janeiro);
- Centro de Detenção Provisória da Ribeira, em Natal: 29 fugitivos em 4 fugas (12 de fevereiro, 7 de março, 25 de abril e 9 de maio);
- Penitenciária Agrícola Dr. Mário Negócio, em Mossoró: 24 fugitivos em 6 fugas (1º, 22, 29 e 30 de janeiro, 8 de março e 22 de abril);
- Cadeia Pública de Caraúbas, em Caraúbas: 12 fugitivos em 2 fugas (5 de março e 6 de junho);
- Complexo Penal Dr. João Chaves, em Natal: 9 fugitivos em 1 fuga (5 de junho);
- Presídio Rogério Coutinho Madruga, em Nísia Floresta: 7 fugitivos em 1 fuga (27 de março);
- Cadeia Pública de Mossoró, em Mossoró: 6 fugitivos em 2 fugas (1º de março e 11 de abril);
- Centro de Detenção Provisória de Macau, em Macau: 4 fugitivos em 1 fuga (14 de janeiro);
- Centro de Detenção Provisória de Patu, em Patu: 4 fugitivos em 1 fuga (4 de abril);
- Centro de Detenção Provisória do Potengi, em Natal: 3 fugitivos em 2 fuga (17 de janeiro, 18 de maio);
- Centro de Detenção Provisória de Ceará-Mirim, em Ceará-Mirim: 2 fugitivos em 1 fuga (24 de janeiro);
- Centro de Detenção Provisória de Parnamirim, em Parnamirim: 1 fugitivo em 1 fuga (25 de março);
Total: 216 fugitivos

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