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quinta-feira, 29 de março de 2018

Governo cede profissional da saúde para SADEF




O governador Robinson Faria assinou nesta quarta (28) a cessão de um profissional da saúde para a Sociedade Amigos do Deficiente Físico do Rio Grande do Norte – SADEF-RN.  Na ocasião, o chefe do Executivo estadual também firmou a concessão temporária de novas salas do Caic Lagoa Nova, local que abriga a sede da Sociedade.
“O apoio do Governo tem sido fundamental, essencial para a manutenção da nossa sede, de toda a nossa estrutura física e de profissionais da nossa instituição. Há 15 anos esperávamos um documento que nos desse a cessão definitiva por parte do Estado do RN das salas que ocupamos no Caic e o governador nos deu isso”, agradeceu o Presidente da SADEF, Tércio Tinoco.
Durante a solenidade, Tércio entregou um ofício de agradecimento a Robinson Faria. No documento, o dirigente pontua todas as ações que o Governo tem tomado em prol da Instituição, como o apoio financeiro por meio de liberação de emendas parlamentares, a cessão, através da Secretaria de Estado da Educação e da Cultura (SEEC), de dois professores de Educação Física para treinarem os atletas nas modalidades de atletismo e tênis de mesa, além da cessão de um ortopedista e da definição permanente da sede no Caic.
Acompanhado da secretária de Educação, Cláudia Santa Rosa, e da subsecretária da saúde, Ederlinda Dias, Robinson comentou da emoção em se tornar um amigo da SADEF. “Quando comecei meu mandato não conhecia o trabalho da SADEF e tenho acompanhado de perto essa iniciativa que passei a admirar. Eles desenvolvem um trabalho bonito, sério, transparente, solidário que o RN merece conhecer e valorizar mais”, disse.
Em março, 75 atletas da SADEF participaram do Circuito Brasil Caixa Loterias – Fase Regional Note/Nordeste de Atletismo e Natação e da 1ª Fase Nacional de Halterofilismo, promovido pelo Comitê Paralímpico Brasileiro – CPB. A delegação, maior do Norte-Nordeste, conquistou 114 medalhas, sendo 50 de ouro, 32 de prata e 32 de bronze.
Também participaram da solenidade o vice-presidente e o tesoureiro da SADEF, Nélio Almeida e Albino Oliveira, respectivamente, o presidente da Organização Nacional de Entidades de Deficiência Física e Integrante do Conselho Estadual do Direito da Pessoa com Deficiência, Décio Santiago, o Diretor-Presidente da Agência Reguladora de Serviços Públicos (Arsep), Getúlio Ribeiro, o prefeito de Sítio Novo, Edilson Júnior, o ex-prefeito de Serra Caiada, Faustinho, o ex-prefeito de Patu, Possidônio Queiroga, vereador de Patu, Thiago Queiroga, atletas, familiares e técnicos da SADEF.

Fotos: Ivanízio Ramos


Agora é Lei: Diário Oficial publica promulgação do Bairro Seguro e natalenses já podem bloquear ruas

O Diário Oficial do Município publicou a promulgação da Lei 0531/2018, que institui o programa “Bairro Seguro” em Natal. Com isso, os moradores da cidade já podem procurar a Prefeitura para o bloqueio de suas vias com o objetivo de melhorar a segurança no local. O projeto é de iniciativa da vereadora Nina Souza (PEN).

Segundo publicado no Diário Oficial, a Prefeitura expedirá alvará com o objetivo de autorizar a instalação de equipamentos de sinalização e bloqueios em vias públicas na cidade, desde que sejam consideradas residenciais, ou seja, não sejam utilizadas pelo sistema viário principal ou pela rede de transporte público.

“A Câmara fez a sua parte no combate a esta verdadeira onda de violência que estamos vivendo. Ninguém está feliz com a atual situação de insegurança do nosso Estado, e nós temos que pensar no cidadão de bem, que está preso dentro de casa, com medo de sair na rua e ser assaltado. A população está acuada em casa enquanto os bandidos estão nas ruas. O natalense não pode mais ficar feito refém dentro de sua própria residência”, disse Nina Souza.

A Lei prevê ainda que as vias só poderão ser fechadas com a concordância de 85% dos moradores daquela localidade devidamente representados. Os interessados precisarão colocar a proposta em votação e escolherem um integrante para que atue junto a Secretaria Municipal de Transporte e Trânsito Urbano (STTU).

Os cidadãos interessados em melhorar a segurança de suas vias precisarão apresentar projeto físico de edificação dos bloqueios, com a finalidade de impedir o tráfego de qualquer veículo ou limitar o tráfego de veículos pesados, especificando as dimensões e o tipo de material a ser utilizado, com a proibição de qualquer vedação ao livre acesso pelas vias principais por qualquer tipo de veículo ou pessoa.

Conforme o projeto, os custos dos equipamentos, da instalação e manutenção serão custeados pelos munícipes requerentes, cabendo a Prefeitura tão somente a fiscalização. Caso haja qualquer tipo de irregularidade na instalação, execução dos serviços e manutenção dos equipamentos, a Administração Pública Municipal notificará o representante escolhido pelo bairro ou o conselho comunitário, para que num prazo não superior a 60 dias tomem as providências necessárias.

Escola da UERN, no Campus de Natal, lança edital para composição de Grupo de Teatro


A Escola da Uern, no Campus de Natal, abriu processo seletivo para interessados em participar do Grupo de Teatro da EdUCA.
Os interessados devem fazer a inscrição AQUI

quarta-feira, 21 de março de 2018

INFORMAÇÕES COMPLEMENTARES SOBRE FALTA DE ENERGIA EM ESTADOS DO NORTE E NORDESTE

O Operador Nacional do Sistema (ONS) informou que nesta 4a feira (21), às 15h48, uma perturbação no Sistema Interligado Nacional (SIN) causou o desligamento de cerca de 18.000MW, majoritariamente localizados nas regiões Norte e Nordeste, correspondendo a 22,5% da carga total do SIN naquele momento.
Em consequência da perda de carga, entrou em funcionamento o primeiro estágio do Esquema Regional de Alívio de Carga do Sistema Sul, Sudeste e Centro-Oeste, com corte automático de consumidores, no montante de 4.200MW.
Os sistemas Sul, Sudeste e Centro-Oeste ficaram desconectados do Norte e Nordeste.
Às 16h15 já havia sido realizada a recomposição de praticamente toda a carga no Sul, Sudeste e Centro-Oeste.
No Rio Grande do Norte, área de concessão da Cosern, o reestabelecimento do fornecimento de energia elétrica está sendo feito de forma gradativa e foi iniciado a partir das 17h48, de acordo com as orientações do ONS.
As causas do desligamento estão sendo investigadas pelo Operador Nacional do Sistema.


terça-feira, 20 de março de 2018

ESCOLINHA DE SURF NATIVOS EM AÇÃO AULAS GRÁTIS NA PRAIA DO FAROL PERTENCENTE A CAIÇARA DO NORTE/RN E SÃO BENTO DO NORTE/RN


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Em Angicos, Garibaldi e Walter Alves participam de missa de São José





O senador Garibaldi Alves Filho e o deputado federal Walter Alves, ambos do MDB-RN, participaram, na manhã de hoje (19), no município de Angicos, da tradicional missa solene em homenagem a São José, padroeiro da cidade.
A cerimônia foi presidida pelo arcebispo de Natal, Dom Jaime Vieira Rocha, e concelebrada pelo arcebispo emérito Dom Matias de Macêdo e pároco de Angicos, padre Severino Neto.
Este ano, a festa religiosa teve início no dia 9 de março e o tema central foi “São José, inspira-nos a ser sal da terra e luz do mundo”. A festa será encerrada hoje à noite com o arriamento das bandeiras.

Com oito painéis e 116 estandes, Fórum e Feira de Turismo acontecem neste fim de semana no RN



Com expectativa de receber cerca de cinco mil pessoas no Centro de Convenções de Natal, o 9º Fórum de Turismo e a 4ª Feira dos Municípios e Produtos Turísticos do RN (Femptur) vão acontecer neste final de semana (dias 23 e 24) na capital potiguar e movimentarão os profissionais de turismo, estudantes, hoteleiros e demais áreas do setor produtivo norte-rio grandense. Já consolidados na agenda do estado, os eventos contarão com palestras, debates, cultura, artesanato, apresentações culturais e diversos outros atrativos.

Na sua nona edição, o  Fórum de Turismo do RN terá oito painéis que discutirão, entre outros temas, captação de voos para Natal, novos modelos de gestão de centros de convenções, gestão de destinos turísticos internacionais, regionalização, produto turístico, impacto das festas populares na economia dos municípios e marketing digital no Turismo. Para participar dos debates, é necessário fazer rápida inscrição no site do Fórum (www.forumdeturismorn.com.br), que pode ser concluída de maneira 100% online.

Já a Femptur, cuja entrada é gratuita, contará com 116 estandes entre municípios hoteleiros, empresas de passeio, agências de receptivo, meios de hospedagem e aplicativos turísticos, além de espaços específicos destinados à cultura, shows musicais e teatrais, artesanato, agricultura familiar, gastronomia e exposições diversas. Na edição de 2017, circularam quase 3.800 visitantes no Centro de Convenções, todos com livre acesso após rápido credenciamento na secretaria do evento que conta, ainda, com estacionamento gratuito.  

Confira abaixo todos os atrativos da 4ª Femptur:

Cultura - Além de espaços com ênfase na cultura, como o que reunirá o acervo do Museu da Rampa e do Instituto Câmara Cascudo, a Femptur terá duas exposições de fotografias (Carla Belke e Canindé Soares) e uma mostra de artes plásticos, com quadros de Eliezer Andrade. O espaço Encantos Criativos também terá uma conotação cultural, através da inserção de moradores da Vila de Ponta Negra e do bairro das Rocas na atividade turística.

Espetáculos - Entre as atrações culturais que se apresentarão no palco da Femptur, das 19h às 22h, nos dois dias do evento, destaque para a Banda de Música Mestre João Roberto Paz e União, de Santa Cruz, fundada em 1950 e reconhecida como Patrimônio Histórico do Município. É formada, em sua maioria, por crianças e jovens. Tem cerca de 30 componentes.  

O Grupo de Dança Mistura de Ritmos, de Touros, apresentará o espetáculo, ainda inédito, "Aqui Nasceu o Brasil". A apresentação busca retratar fielmente a versão de que o Brasil foi descoberto no litoral potiguar. Todas as atrações turísticas de Touros são abordadas no concerto, além de ritmos como makulelê, forró e xaxado.  

Outra atração, entre vários espetáculos previstos, será o Balé Popular Terras Potiguares, de Passa e Fica. É uma montagem cênica as danças e brincadeiras do Pastoril. São 35 componentes que elaboram sete sequências folclóricas através da música, dança e teatro. O grupo difunde, através da arte, o legado cultural deixado pelas três matrizes que formam a base do país.

Literatura - Serão lançados alguns livros durante a Femptur. Um deles é de autoria do ex-palestrante do Fórum de Turismo do RN, Jodrian Freitas, consultor no segmento Turismo de Aventura. Trata-se da publicação "Gestão de Risco", voltada para praticantes de ecoturismo, que será lançada às 18h do dia 24 de março no palco da Femptur. Outra novidade estará a cargo do Sebo Vermelho. Será o lançamento da biografia de Alzira Soriano, primeira prefeita eleita no Brasil e primeira mulher na América Latina a assumir o governo de uma cidade: Lajes, no Rio Grande do Norte. 

Gastronomia - O Espaço Gastronômico da Femptur reunirá bar, Raffe Cervejaria Artesanal, restaurante Paçoca do Pilão, Creperia 84, Pirata´s Rock e Pizza, Toka Pastelaria e Hamburgueria, Planeta Lanches e Zé Dindin, entre outras operações.

Artesanato - O genuíno artesanato potiguar estará representado por amplos estandes a cargo do Governo do Estado do Rio Grande do Norte (Sethas) e da Prefeitura de Natal (Semtas). Haverá exposição, oficinas vivas e comercialização das peças.

Agricultura familiar - Uma feira de agricultura familiar com oito barracas, a cargo da Central de Comercialização da Agricultura Familiar e Economia Solidária (Cecafes), comercializará produtos como queijos, doces, geleias, mel, biscoitos, cachaças, licores e produtos orgânicos, em geral.   

segunda-feira, 19 de março de 2018

Fabio Gouveia fala sobre a primeira experiência nas bombas da Urca do Minhoto (RN). E compara a Praia do Farol Santo Alberto pertencente a Caiçara do Norte e São Bento do Norte/RN, a cidade de Barra de La Cruz, no México um belo point break e afirma que visual essa paisagens!

Há muito tempo escutei falar sobre a Urca, em alguns papos antigos com Armando Diniz e outros surfistas locais do Rio Grande do Norte. As primeiras imagens que havia visto eram apenas da onda em si, e não lembro ao certo o ano, talvez 2010.
Mas, acho que foi em 2013 que fizeram uma expedição pra valer, e foi quando realmente vi que era pura verdade, realidade. 

De lá pra cá, principalmente depois do último swell, onde feras do big surf brasileiro e o canal Off foram aproveitar, foi que a vontade de conhecer, que já era uma certeza, ficou ainda mais latente em minha mente.
Mesmo com os chamados e pilhas para aquele swell vindos do amigo e ídolo paraibano Chicó Moura, não pude ir. 

E foi incrível como no curto espaço de tempo, uma outra “bomba” havia se formado. De início, estava prestes a embarcar direto para Noronha, onde teria a possibilidade de pegar a Cacimba do Padre gigante, mas, aos 45 do segundo tempo, fui pilhado pelo amigo de longas datas Eduardo Fernandes a embarcar com uma galera boa de Recife rumo à Urca.
Pronto, a partir daquele dia (dois dias de antecedência), uma ansiedade enorme bateu, a ponto de estar o dia inteiro pensando como seria a empreitada. Gunzeiras não saíam da minha cabeça, pois todos diziam que o swell realmente seria big e maior que o anterior, já que a lua cheia movimentaria a maior maré do ano e tudo se encaixaria. 

Alertas já estavam sendo feitos para toda aquela costa, desde Noronha.
Voei de Floripa em uma quarta, chegando a Recife na madrugada da quinta para dormir pouco e acordar cedo para encontrarmos o resto da turma. Ao acordar na casa do meu amigo Rato Fernandes, constatei que, ligeiro que só ele mesmo, já havia arrumado a carreta com o jet e as pranchas, pois não queria perder tempo, pois logo outro legend local, Rogerio Soares, passaria por ali para na sequência buscarmos o fotógrafo Clemente Coutinho e o big wave rider Alexandre Ferraz, que, juntamente com Guto, iria em outro carro de apoio. 

Aliás, Guto iria gravar toda a session com seu drone.
Já no bairro de Boa Viagem, encontramos com alguns repórteres da TV Globo local, pois o Globo Esporte iria acompanhar nossa empreitada. Roger Cazé e seu cameraman Marcos e o assistente Careca, bem como Marcelinho, do Globoesporte.com. Que massa, estava muito amarradão que tudo aquilo estivesse acontecendo. Era uma ansiedade da gota serena para pegar a estrada. Acho que às nove da manha estávamos fazendo uma leve revisão na carreta do jet e partimos rumo às nossas 7 horas de estrada com destino ao Rio Grande do Norte.
Expedição à Urca do Minhoto (RN)
Caiçara do Norte. Expedição à Urca do Minhoto (RN). Foto: Fábio Gouveia
Farol de Caiçara do Norte. Expedição à Urca do Minhoto (RN). Foto: Fábio Gouveia
Chegamos à cidadezinha praiana de Caiçara do Norte no fim da tarde, a ponto de já observar a força das ondas. Uma lagoa já havia se formado em parte da estrada que ligava a vila à Pousada Urca do Minhoto, local de nossa hospedagem.
Ali, avistamos um belo point break, e sua direita que enroscava nos lembrou uma mini Barra de La Cruz, no México. Que visual! Marolas de meio metro faziam a festa de uma galerinha local e suas pranchas merrequeiras.
Arrumar todo o material para o embarque às 8 da noite era a função do momento, pois tínhamos que preparar tudo para o horário da maré seca, já que acordaríamos às 2 da matina para embarcar rumo à Urca.
Às 2:30 da manhã nos deparamos com o primeiro problema. Nosso bote de apoio encontrava-se com falha no motor (já havia sido testado no dia anterior e estava ok, mas…). Rogerinho Soares, que já manja um pouco dessas máquinas, mexeu pra cá, mexeu pra lá e botou o bicho pra funcionar.
Botamos o jet na água para que Rato Fernandes fosse ao encontro da nossa embarcação de pesca, afim de nos esperar lá no ancoradouro. Mas ali já dava pra sentir a potência do swell. Ele havia chegado e com muita força.

Já na vila e com nossas mochilas e parte dos equipamentos, constatamos que não seria possível embarcarmos ali, já que um forte quebra côco de um metrão estava constante e seria muito arriscado para os repórteres e câmeras da TV. 

E no momento que que decidíamos o que fazer, uma série entrou encavalando e escalando a beira da praia, levando canoas que ali estavam rumo à rua paralela por trás das casas da beira-mar. Com um cenário de filme e de tensão, alguns moradores iam acordando para ver e agir diante daquele fenômeno da natureza.
Expedição à Urca do Minhoto (RN)
Um certo caos havia se instalado e dei mole de não fazer o registro com o meu celular. Na real, acho que a adrenalina não me deixou tirá-lo da bolsa à prova d’água naquele momento, mas até porque também tivemos de partir para o plano B, que era embarcar em frente à nossa pousada, já que no point break as linhas eram mais demoradas e com um quebra côco menor.
Só aí já foi um grande embaço, até porque outras duas embarcações que esperavam, cada uma com no mínimo 8 pessoas, se dirigiram para ali afim de receber as tripulações. Mas ambas estavam despreparadas, sem um jet ou bote de apoio. E nessa, Eduardo Fernandes bravamente foi dando carona um a um rumo ao outside.

Bom, esse embaço todo durou cerca de duas horas e só conseguimos começar a navegar com o sol começando a raiar. Mas beleza, todo mundo bem e ainda sem enjoo, fomos nos divertindo, batendo fotos, filmando e contemplando o espetáculo da natureza, sol nascendo e lua cheia, para a nossa alegria, pois o astro havia nos iluminado muito durante as escuras para toda a nossa função. Que o diga Rato Fernandes… Não foi fácil.
Expedição à Urca do Minhoto (RN)
Três horas de navegação quando cruzávamos o outside. Naquele momento, a turma entrou em êxtase quando Rato veio acelerando o jet e falando sobre as primeiras ações que viu. Galera, tá animal! Tem uns tubos animais! A turma tá quebrando no tow In e vi o Douglas José pegar duas morras na remada! O moleque tá sinistro!
Não demorou pra nos impressionarmos com a quantidade de barcos ancorados no canal. Havia pelo menos uns 7. E logo vimos Cauli Seadi, Rodrigo Monster Resende, Aldemir Calunga e Pedro Calado, sendo os quatro primeiros no reboque e Calado na remada.
Já remando em minha “Bixigun” 10’0” e munido de roupa com flutuadores, claro, fui calmamente fazendo o reconhecimento do pico, já que entrar pelo outside requer certos cuidados, pois fica difícil se posicionar e saber qual o real tamanho do mar. E logo de cara já vi que o “barco” (gunzeira) ali seria complicado, pois em minhas primeiras tentativas em ondas menores, notei o quanto aquela onda era cavada e rápida.
Pedro Calado e Douglas remavam sem parar, já que existia uma corrente. E nessa, logo vi um cara com uma gun azul tendo dificuldades para encaixar no drop. Constatei depois que era Ruclécio, um brother de longas datas que fazia tempos que não o via. Que legal o encontra-lo ali. E em pouco tempo fui batendo papos com Pedro Calado, enquanto as ondas que entravam eram quase todas surfadas pela turma do tow.
Expedição à Urca do Minhoto (RN)
Rato botou Rogerinho em algumas lindas, Cauli também deixava Resende no lugar certo. O que era aquilo! Tubos quadrados e ligeiros. Que coisa sinistra! E as duplas foram se invertendo: Calunga veio em altas e Rato pegou um de seus tubos de sua vida. Mas só o vi no final, de braços erguidos em meio a um spray. Acho que o menino estava estocando vento… (risos). 

A onda era perfeita para o tow in!
Constatei, logo de início, o que Calado reforçava. E nós, na remada, não estávamos tendo vida fácil. Remava com uma gun 10 e com todas as minhas forças, e só entrava atrasado, sempre meio despencando. Vi Calado com uma 7’6, mais embaixo, botar pra dentro de uns dois tubos, mas sem sucesso na saída. 

Meu atleta Junior Lagosta se encontrava em outro barco e o chamei para testar pela primeira vez uma gunzeira. “Que barco é esse?”, indagou ele, em risos.
Peguei uma 9’6 que também havia levado, gunzeira essa que havia feito para o ex-atleta do CT Marco Polo e confisquei no dia anterior à minha partida. 

Passei a investir em uma maneira lateral, dropando na diagonal, mas não obtive sucesso. Foram duas das piores vacas que já levei.
Não consegui encaixar a gun no “quadrado” oco. Inclusive, em uma delas, a pancada foi tão violenta que subi cuspindo sangue. 

Ao tossir fortemente, creio que alguma veia ou sei la o quê, acabou rompendo-se e o sangueiro foi forte, a ponto de me preocupar e tentar interromper as cuspidas, afinal, estava no meio do oceano e não sei que tipo de peixe tinha por ali (risos!).
Urca do Minhoto (RN)
Mas aos poucos fui me recuperando, quando, remando de volta, vejo Alexandre Ferraz despencando em uma morra! Não consegui ver a base da onda, pois havia uma ondulação na frente. Só depois vi que ele havia quebrado sua gun e aguardava para ser rebocado.
Alguns outros surfistas potiguares estavam no pico e remando, no entanto, a maioria de prancha pequena e tendo dificuldades. Se precisávamos de uma gun para a remada, não queríamos ter uma gun para a hora do quadrado. Porém, pranchas sem remada pouco adiantavam, pois a correnteza era forte.
Neste momento, Calunga estava remando, como também o Almeida Junior. Ruclécio pegou uma morra, e quando pensei que havia vacado, aparece longe, no canal, remando de volta e amarradão. Onda linda! E lindas estavam as que a turma vinha no reboque. Uns tubos monstros, cada salão que cabia um fusca! Era uma mistura de Nias com talvez P-Pass (nunca fui), ou sei la o quê. 

Olhava aquilo incrédulo, pois estávamos no Brasil, no Nordeste. Quando que no passado iria imaginar em uma onda daquelas? Nunca!
Consegui me divertir vendo também o Lagosta dropar algumas grandes e amarradão no pranchão. Ao sair pra um descanso, pois a empreitada até o pico por si só ja havia me deixado cansado, e depois das vacas era prudente tomar um liquido e repor as energias.
Urca do Minhoto (RN)
Já no barco, vi que alguns amigos se encontravam por perto. Não cheguei a ver Bernardo Pigmeu na água, pois nossa embarcação só havia chegado às oito e ele estava ali desde que havia clareado. Mas tava lá um bicho cabeludo e barbado. Demorou pra que o reconhecesse.
Rodrigo Jorge e Danilo Costa reforçavam o time de peso entre os locais potiguares. Que vibe! E durante o descanso, observava uma bela, grande e potente esquerda no outro lado do canal. Aquilo realmente parecia um sonho!
Naquele momento, já tinha uma galera enjoada. Marcelo do Globoesporte.com, passava mal, quando disse-lhe para que ficar boiando um pouco em minha gun, mas em meia hora, já troquei o posto com ele e remei rumo ao outside, pois tinha que aproveitar aquele momento.
Chegando lá, tive uma certa dificuldade de chegar perto do pico desejado, pois a maré enchente já havia mudado a corrente para o lado oposto. 

Passei por Rodrigo Jorge e outros brothers que lá estavam e já peço desculpas aqui por não saber ou lembrar os nomes de todos. O fato é que busquei remar mais para o outside quando uma sério enorme veio clean e translúcida.
E Danilo Costa, com seu power surf, vinha nela, aliás, aquilo mais parecia mais uma locomotiva desenfreada e parecia também com Rifles, nas Mentawai. Não era mera coincidência. 

O bicho botou lá atrás no tubo e passou a toda velocidade ao meu lado. Por algum segundo, pensei que ele não chegaria ter sucesso, tamanha a turbulência, mas logo escutei gritos vindo do canal. Foi uma das mais belas ondas que já vi no Brasil. Que pintura!
Urca do Minhoto (RN)

Nessa queda, peguei uma das maiores ondas, mas ainda, sim, dropando atrasado, mesmo mais ao canal. E atrasado era sinônimo de não conseguir passar a seção, e tome-lhe caldo! Naquele momento, voltei ao barco pra me preservar para uma última sessão no tow in, afinal, mesmo o meu foco sendo a remada, levei minha prancha de tow e estava disposto também a colocar os amigos nas ondas. Mas, para a minha infelicidade e do Xandinho Ferraz, nosso jet havia quebrado, perdido a potência. E tendo visto todo aquele show de surfe de todos, ficamos de certa forma chateados.
Pedi ajuda ao parceiro do Danilo Costa, Leo, e ele me levou ao outside para me rebocar em um par de ondas. Com prudência, pedi que me jogasse com pouca velocidade e em uma onda menor. A primeira foi boa, ótima para o que eu queria: botar a prancha no pé. Mas, a partir dali, e sem referência no oceano, pois só mais uma dupla e dois caras remando se encontravam na água naquele momento, não conseguimos sucesso e a parceria não funcionou. 

Acabei tomando alguns caldos e fiquei sem jeito de alongar a session, afinal, os parceiros de Leo também esperavam por sua vez e não queria abusar da boa vontade. Mas acontece…
Leo havia colocado o Danilo na onda da vida, mas senti que precisaríamos de um treino para nos alinhar. 

Agradeci muito pela oportunidade e boa vontade de me ajudar. Fica pra uma próxima! Às vezes, o que parece simples não é tão fácil, e tudo serve de aprendizado.
Saí dessa session com muita vontade de expandir meus conceitos de equipamentos, treinos no tow in e limites. Já passavam das duas quando alguns barcos deixavam o pico e outros continuavam ancorados para a intensa tarde que ainda começava. 

Sem jet e sem bote de apoio, nossa barca estava em parte de cabeça feita, no entanto, um pouco desanimada. Gostaria de ter ficado, talvez tentado remar na esquerda também, mas parte dos meus planos era também pegar o swell baixando em Fernando de Noronha na tarde seguinte.
Urca do Minhoto (RN)
Bom, creio que, no fim das contas, foi prudente, mesmo sem ter pensado em nenhuma hipótese dos perigos, mas ficar ali sem uma segurança de apoio não é de forma alguma a melhor das ideias.
A volta me pareceu mais rápida, no entanto, mais adrenalizante. A maré cheia nos fez ir em outro trajeto. Trajeto esse que grandes ondulações nos acompanhavam. Outras urcas, crôas e outras denominações de fundos faziam parte do cardápio em nosso caminho.
Nosso capitão era muito experiente, mas estava muito cuidadoso, pois chegou a relatar que em seus 58 anos de vida, nunca tinha presenciado um mar daqueles. De fato, a qualquer momento sentimos que uma grande espuma podia quebrar no nosso caminho, na frente, lateralmente ou atrás. E dá-lhe adrenalina aos menos familiarizados com aquelas situações.
Mas, uma grande dificuldade nos esperava: o desembarque. Com mar grande e sem jet e bote funcionando, como levaríamos todo o material para a praia?
Expedição à Urca do Minhoto (RN)
Com alguns solavancos no motor do bote, o bicho pegou, mas sem força o suficiente para rebocar o jet até a praia, já que o motor do mesmo havia morrido por completo.
A solução foi sair rebocando na remada, afim de pegar um jacaré. Imaginem a situação, pois as ondas estavam maiores que na madrugada. Foi difícil. Alguns remaram em pranchas com equipamentos em sacolas à prova d’agua, mas outros usaram apenas sacos plásticos.
Deixei minha gun na beira da praia e fui nadando junto com Rogério, visando ajudar os repórteres Roger Casé e Marcelo. Marcelo conseguiu sair-se bem, mas Roger, ao pular da embarcação, machucou o ombro e não conseguia remar, logo a correnteza o arrastava e complicava ainda mais. A saída foi pegarmos uma onda, o caba grande na frente, com colete salva-vidas, e eu atrás, segurando com todas as minhas forças, próximo às quilhas.
Mas tudo deu certo e no fim já estávamos arrumando toda a tralha para despertarmos na madrugada e seguirmos rumo a Recife.
Gostaria de ter ficado para aproveitar o segundo dia do swell, mas, com passagem Recife – Noronha marcada, lá estava eu despertando às três da matina para concluir meu objetivo, que era fazer duas trips em uma. Noronha, aí vou eu!
Expedição à Urca do Minhoto (RN). Foto: Fábio Gouveia
Fabio Gouveia Danilo Costa.Foto by Alexandre Alessy. Urca do Minhoto (RN). Foto: Alexandre Alessy
Urca do Minhoto (RN). Foto: Guga Soares
Urca do Minhoto (RN). Foto: Guga Soares
Rodrigo Resende. Urca do Minhoto (RN). Foto: Guga Soares
Pedro Calado. Urca do Minhoto (RN). Foto: Guga Soares
Pedro Calado. Urca do Minhoto (RN). Foto: Guga Soares
Marcelo Gomes. Urca do Minhoto (RN). Foto: Guga Soares
Danilo Costa. Urca do Minhoto (RN). Foto: Guga Soares
Aldemir Calunga. Urca do Minhoto (RN). Foto: Guga Soares