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quinta-feira, 27 de agosto de 2015

Juros do cartão alcançam recorde de 395,3% ao ano

Brasília (ABr e AE) - A taxa de juros do rotativo do cartão de crédito chegou a 395,3% ao ano, em julho, índice recorde para a série histórica, iniciada em março de 2011. Os dados foram divulgados ontem pelo Banco Central (BC). Em relação a junho, a taxa média subiu 23,2 pontos percentuais.

O rotativo do cartão de crédito é a operação em que o cliente financia o saldo devedor remanescente após pagar somente uma parte da fatura. Também são consideradas como rotativo as operações de saque na função crédito.


O chefe do Departamento Econômico do BC, Tulio Maciel, orienta os consumidores a evitar o crédito rotativo (cartão e cheque especial). “É um custo muito elevado. Temos reiterado que o crédito rotativo deve ser tomado pontualmente por um prazo muito curto.”

A taxa das compras parceladas com juros, de parcelamento de fatura de cartão de crédito e de saques parcelados subiu 1,3 ponto percentual, de junho para julho, e ficou em 119,5% ao ano.A taxa de juros do cheque especial também subiu 5,6 pontos percentuais de junho para julho e ficou em 246,9% ao ano.

No caso do crédito consignado (com desconto em folha de pagamento), os juros subiram 0,5 ponto percentual, para 27,8% ao ano.

Já os juros do crédito para a compra de veículos caiu 0,2 ponto percentual e ficou em 24,5% ao ano. A taxa do crédito renegociado também caiu, 0,7 ponto percentual, para 45,7% ao ano.

Inadimplência
Os dados divulgados ontem pelo Banco Central também revelam que, com a continuidade da escalada das taxas de juros em praticamente todas as modalidades em julho, a inadimplência aumentou. No caso de Pessoa Jurídica (PJ), foi visto no mês passado um nível de calote de 4,1%, o maior desde março de 2011, quando o BC começou a acompanhar o setor.

O dado mais evidente da situação de aperto pelo qual passam as companhias é o do financiamento para capital de giro, que representa 2/3 da carteira de crédito livre para PJ. Nos casos em que as linhas são inferiores a um ano, o calote subiu de 2,4% em julho de 2014 para 6,3% no mês passado. 

Para o chefe de Departamento do BC, Tulio Maciel, este é um "indício" de que se tratam de empresas de menor porte porque as linhas curtas são as mais acessadas por esse perfil de estabelecimento. "É principalmente o segmento de capital de giro que puxa essa inadimplência e a alta da inadimplência no crédito livre advém do crédito à Pessoa Jurídica", constatou o técnico do BC. No geral, o calote subiu de 4,6% em junho para 4,8% no mês passado, nível idêntico ao visto antes apenas julho de 2013

Maciel lembrou que houve também no mês passado um aumento generalizado das taxas de juros e esse é um fator que ajuda a explicar o crescimento em menor ritmo do crédito à PJ este ano. Em 2015 até julho, o aumento do estoque para esse tipo de tomador com recursos livres foi de 0,9% ante 1,4% para Pessoas Físicas.

O financiamento às empresas só não teve um desempenho pior até agora por causa da alta do dólar. Segundo o economista do BC, a expansão de 0,9% no saldo das operações do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) para empresas em julho corresponderia a queda de 0,3% não fosse o câmbio. "Isso deixa evidenciada a desaceleração dos empréstimos", disse.

“Retração do crédito será crucial para PIB menor este ano”Para a equipe de economistas da Rosenberg & Associados, a trajetória de encolhimento do crédito é cada vez mais "estridente" e um dos "fatores cruciais" para a redução do Produto Interno Bruto (PIB) de 2015. "A operação Lava Jato e a deterioração da atividade econômica têm tido efeito significativo na oferta de crédito por parte das instituições financeiras, ao mesmo tempo em que o clima adverso retrai a demanda por recursos para investimentos", escreveram em relatório a clientes.

Essa moderação do crédito, de acordo com Maciel, se dá em um ambiente de elevação de taxas de juros. A taxa básica Selic está atualmente em 14,25% ao ano e passa por um ciclo de alta desde abril de 2013. Esse aumento tem sido repassado para as taxas de mercado. Em julho, chegou a uma média de 44,2% ao ano no geral, com destaque para o consumidor, que passou a pagar, em média, 59,5% ao ano pelos empréstimos. As duas taxas são recordes da série histórica.

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