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quinta-feira, 26 de novembro de 2015

"Se colocá-los em cela comum, eles vão morrer", diz coordenador da Administração Penitenciária

Os suspeitos pelo assalto e estupros de duas pessoas na noite de terça-feira (24), em Parnamirim, estão custodiados no Centro de Detenção Provisória de Nova Parnamirim. Jeová Soares de Lima, de 23 anos, e Euclides Tomaz, de 18 anos, estão no local porque lá ficam custodiados somente presos que cometeram crimes sexuais. A medida foi tomada para zelar pela integridade física dos dois.
Jeová Soares e Euclides Tomaz estão presos no CDP de Nova Parnamirim
O coordenador da Administração Penitenciária do Rio Grande do Norte, Durval Franco, explicou que é comum a separação de presos de acordo com o crime e, em casos onde os delitos envolvem violência sexual, é praxe deixar os suspeitos juntos a outros detentos que tenham cometido crimes semelhantes.

"Vou ser muito claro: se colocá-los em comum, junto aos outros presos, eles vão morrer. Tem que haver essa separação", explicou Durval Franco.

De acordo com o coordenador da Coape, é obrigação do Estado manter a integridade física dos detentos, mesmo que eles tenham praticado crimes bárbaros e que causem revolta na sociedade. Por isso, o isolamento ocorre em todo o sistema prisional.

"É uma maneira que a gente encontrou para diminuir confusões, violência ou mortes envolvendo essas pessoas", disse Durval Franco.

Como ainda não têm condenação, a tendência é que os suspeitos pelos crimes permaneçam no CDP de Parnamirim. Caso sejam condenados, a Coape deverá custodiá-los no Presídio Estadual de Parnamirim, onde o primeiro andar do pavilhão 1 é usado para receber e isolar os presos que cometeram esses tipos de crimes. 

O crime

Jeová Soares e Euclides Tomaz foram presos na tarde de ontem (25), em sítio em Pirangi de Dentro, em Parnamirim. Os dois são suspeitos de fazer arrastão na casa de uma família em Parnamirim e, em seguida, estuprar mãe e filha, de 14 anos, no local onde também estava o pai da adolescente e mais dois filhos, de 7 e 11 anos.

Na prisão, os policiais encontraram o material roubado e as vítimas reconheceram os criminosos. Eles confessaram o assalto, mas negaram os estupros. Os dois trocaram acusações sobre quem era o autor do crime sexual.

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