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segunda-feira, 30 de novembro de 2015

Artigo de mercado

Natal é uma cidade que vai muito além das praias paradisíacas. Cada vez mais fortes, os mercados públicos da capital têm crescido em popularidade junto aos natalenses, sem perder o charme característico de quando a capital potiguar ainda era uma cidade com “cara” de pequena. O #Partiu desta semana circulou por cinco destes espaços  para ouvir histórias de quem faz e frequenta - às vezes todos os dias - estes lugares.
Junior Santos
Localizado na avenida Hermes da Fonseca, 407, no Tirol, o lugar conta com 54 boxes e mezanino, destinado para realização de eventos
Localizado na avenida Hermes da Fonseca, 407, no Tirol, o lugar conta com 54 boxes e mezanino, destinado para realização de eventos

O nosso roteiro começa no Mercado de Petrópolis, um dos mais antigos e localizado no bairro homônimo, um dos mais charmosos da capital potiguar. Fundado há 47 anos (alguns moradores da região falam em 48 anos), o local se tornou um dos principais pontos para realização eventos culturais da cidade. E sem se dar conta disso. “Nós aqui comentamos sempre que o mercado ganhou essa caraterística sem perceber, aos poucos. Antes, aqui era como os demais, voltado para o comércio de alimentos e um pouco de artesanato. Nos últimos anos, naturalmente, o ele foi se transformando e um mercado cultural Ateliês, sebos, antiquários, mais artesãos... Quando nos demos conta, já éramos uma atração cultural do bairro. Não perdemos nossa essência, ainda temos uma peixaria, quiosques que vendem produtos do sertão, a praça de alimentação. Mas tudo isso também faz parte da nossa cultura”, conta Vera Torres, proprietária do sebo Catalivros e membro da Associação dos Permissionários do Mercado de Petrópolis (Asperm).

O local hoje conta também com o Cineclube Natal, um escola de fotografia, uma produtora de vídeo, além de restaurantes e um mezanino, onde ocorrem os principais eventos – trouxe novas possibilidades para o espaço, que nos últimos anos recebeu exposições, encontros culturais e até festivais de cinema. 

De Petrópolis, atravessamos a ponte Newton Navarro e chegamos no Mercado da Redinha. Construído em 1937, o local é famoso pela tradicional “ginga com tapioca”, prato servido em quase todos os quiosques. A simplicidade do lugar ainda encanta turistas e moradores da região, que além das iguarias, desfrutam também do visual da praia que dá nome ao lugar.

A próxima parada é no bairro das Rocas, na zona Leste da cidade. É lá que fica o Mercado do Peixe, que desde 2007 reúne os antigos vendedores que trabalhavam no Canto do Mangue, as margens do Rio Potengi. “Esse local é o pai e mãe do bairro das Rocas. Aqui é onde grande parte dos moradores mais antigos do bairro tiram seu sustento”, conta Raimunda Trajano, administradora do prédio. Ao todo, são 26 boxes, onde são vendidos frutos do mar, além de restaurantes e uma praça de alimentação no primeiro andar do prédio. O local é famoso também pela gastronomia. “Aqui a gente escolhe o peixe e como ele vai ser preparado”, conta o aposentado Francisco de Assis Souza, frequentador assíduo do espaço.

O roteiro agora segue até a avenida 6, no Alecrim. É lá que fica o mercado Antônio Carneiro, ou Mercado da 6. O lugar é ideal para quem busca artesanato típico potiguar, além de frutas e verduras. “Aqui é lugar de vender. Trabalhei por anos no centro da cidade, mas o público do Mercado da 6 é o quer comprar. Me arrependo de não ter vindo antes para cá”, garante o artesão Dionísio do Nascimento, que trabalha há 5 anos no espaço.

A última parada é no bairro das Quintas, na zona Oeste de Natal. Fundado há quase 50 anos (moradores divergem a data da fundação), o Mercado das Quintas é menor dentro os visitados, além de ser aquele que guarda mais características típicas de comércio de bairro. O lugar conta com bancas de frutas, verduras, açougues. O movimento, porém, fica por conta dos bares, que servem refeições durante todo o dia. O carro-chefe, tradicionalmente, são as porções de bode e carneiro, preparadas na pressão.

Para todos os gostos (e bolsos), os mercados públicos de Natal têm cada vez mais entrado no roteiro turístico e cotidiano da cidade. Seja pela arte ou pelos sabores, os espaços são uma boa pedida para quem quer conhecer um outro ponto de vistada capital do Rio Grande do Norte.

Mercado de Petrópolis
Localizado na avenida Hermes da Fonseca, 407, no Tirol, o lugar conta com 54 boxes e mezanino, destinado para realização de eventos. Em dezembro, o mercado vai receber o projeto “Alameda das Flores”, que vai transformar em corredor cultural o espaço que vai até a Praça das Flores, programações do Natal em Natal, que acontecerão dentro da  Quarta Cultural, além de palestras sobre cinema.

Mercado da Redinha
Fixado na rua Francisco Ivo e com 30 boxes, o lugar é famoso pela sua gastronomia. Com R$ 5, é possível saborear a tradicional ginga com tapioca, prato típico do mercado. O espaço também oferece a venda de pescados e artesanato local. Outra opção é a vista da ponte Newton Navarro e da praia da Redinha.

Mercado do Peixe
Localizado na rua Coronel Flamínio, no bairro das Rocas. Com 26 boxes, abriga os vendedores que trabalhavam até 2007 no Canto do Mangue. Aberto de domingo a domingo, aqui o cliente pode escolher o peixe que vai comer e seu modo de preparo. A refeição para duas pessoas sai a partir de R$ 20. O espaço funciona todos os dias das 7h às 13h.

Mercado da 6
Um dos mais antigos da cidade, o Mercado Antônio Carneiro tem o artesanato como sua principal atração. Localizado na rua dos Canindés, no bairro do Alecrim, o lugar é um dos principais centros de comércio de frutas e verduras da zona Leste da capital. Há ainda no bairro o mercado da Avenida 4. Os espaços abrem todos os dias sempre das 6h às 18h.

Mercado das Quintas
Localizado na rua São Geraldo, o Mercado das Quintas é a principal opção para os moradores da região que buscam produtos como carne, frutas e verduras. A gastronomia também é forte no lugar, que atrai pessoas de todas as partes das cidade com os seus pratos regionais. A porção de carneiro, uma das mais pedidas, sai por R$ 10. O espaço funciona das 6h às 18h.

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