O governador Robinson
Faria recebeu, na tarde desta terça-feira (9), representantes dos policiais
civis, militares e Corpo de Bombeiros para debater a paralisação da classe,
iniciada no último dia 19 de dezembro de 2017. Também participaram da reunião
representantes do Ministério Público, Assembleia Legislativa e secretários de
Estado.
“Quero estar cada vez
mais próximo das polícias, quero elas governando comigo, me ajudando a fazer um
governo melhor para a Segurança Pública do Rio Grande do Norte, para ajudar a
população. Para isso, fiz um apelo à classe para que possamos, juntos, devolver
a tranquilidade à população com a suspensão do movimento”, disse o chefe do
Executivo estadual.
Robinson ainda
acrescentou que a crise econômica foi fator preponderante para o atraso nos
vencimentos dos servidores, mas que a situação deve ser resolvida em breve. “Os
salários não foram quitados em dia por não ter condições de pagar, mesmo tendo
passado meses entre idas e vindas de Brasília tentando levantar recursos. Por
vários motivos não conseguimos, e isso não quer dizer que desistimos. A luta
persiste”, afirmou.
A secretária de
Segurança Pública, Sheila Freitas reafirmou o espírito de união e a iniciativa
do governo em chamar as associações. “O governo teve a iniciativa de conversar,
de discutir toda a problemática da Segurança, que não é de agora, são de muitos
anos. Resolvemos chamar todos para conversar e expor que estamos em
dificuldades sim, mas que unidos podemos debater alternativas e por fim nessa
paralisação”.
O presidente a
Associação dos Subtenentes e Sargentos Policiais Militares e Bombeiros
Militares do RN (ASSPMBMRN), Eliabe Marques, explicou que aguarda aprovação do
Termo de Ajustamento de Gestão (TAG) para encerrar a paralisação. “Vamos nos
reunir com a anuência do governador, concordando com todos os termos que foram
debatidos em reunião anterior, para redigir esse TAG e submetê-lo em assembleia
da categoria e a retornar as atividades”.
O documento só deve
ficar pronto na manhã desta quarta-feira (10) e segue para ser apresentado em
caráter formal aos policiais, em nova assembleia, com previsão para 10h. O
documento contem 18 reivindicações da categoria. “O caminho é pelo encerramento
da paralisação. A assembleia já deliberou isso e estamos aguardando o TAG para
fazer a leitura junto aos demais companheiros, mas já voltamos ao trabalho
amanhã dentro das condições possíveis”, afirmou.
O TAG que esta sendo
elaborado é basicamente norteado por três pautas. “A questão salarial, que
estava pendente e o governador já assegurou para o próximo dia 12, e o décimo
segue em estudo, com as entidades em conjunto com a gente acompanhando essas
ações. Outro ponto diz respeito às condições de trabalho, e nisso ficou
definido que o Estado vai usar recursos federais. Encerra com a questão da
anistia das punições por conta da paralisação. O Estado assume o compromisso de
fazer a conciliação para retirar as punições”, detalhou o secretário de Gestão
de Projetos, Vagner Araújo.
Em assembleia, mais
cedo, os policiais civis já tinham aprovado o fim da paralisação. A categoria
estava em mobilização desde o dia 20 de dezembro. Com isso, a regularização do
atendimento à sociedade nas delegacias e demais serviços já foi normalizado.
“Demos o voto de confiança no governo de que o pagamento será efetuado na
próxima sexta-feira (12)”, contou o Sindicato dos Policiais Civis do Rio Grande
do Norte (Sinpol/RN), Nilton Arruda.
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