Dados da Gerência Executiva do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS), em Teresina (PI), revelam que, de janeiro de 2003 a abril deste ano, o INSS concedeu 572 benefícios a segurados com doenças associadas ao alcoolismo. Foram 436 auxílios-doença, 53 aposentadorias por invalidez, 66 amparos sociais e 17 auxílios-doença por acidente do trabalho. Quase R$ 1 milhão foi gasto com o pagamento de benefícios às vítimas do alcoolismo no estado nos últimos dez anos.
Segundo o gerente do INSS em Teresina, Carlos Augusto Viana, só neste ano, 42 segurados já se afastaram do trabalho por alcoolismo, 55 se aposentaram por invalidez e 61 estão amparados como pessoas portadoras de deficiência pelo mesmo motivo. Dois segurados morreram e o INSS está pagando pensão por morte às famílias deles. Em 2014, o INSS já gastou mais R$ 122,6 mil com pagamento de benefícios a segurados vítimas do alcoolismo.
De acordo com Carlos Viana, o aumento é tão preocupante que o próprio INSS mantém um programa na área de saúde e assistência psicológica para seus servidores. O instituto é uma das autarquias federais com grande contingente de empregados. Em todo o País, o INSS tem mais de 45 mil servidores.
Sofrimento e prejuízos
Além de sofrimento, doenças e mortes, o alcoolismo causa muitos prejuízos financeiros aos serviços públicos, principalmente na área da saúde, da segurança, da assistência e da Previdência Social. Especialistas no tratamento de alcoólatras são unânimes em afirmar que o alcoolismo traz consequências negativas tanto para o consumidor de bebida alcoólica quanto para as pessoas que o rodeiam e a para a sociedade como um todo.
A Organização Mundial da Saúde (OMS) conceitua o alcoolismo como uma doença crônica, causada pelo consumo compulsivo de bebida alcoólica e que torna o usuário progressivamente tolerante à intoxicação produzida pelo álcool e o deixa com sintomas claros de abstinência quando não consome a bebida.
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