Brasília (AE) - Um exame considerado por médicos como fundamental para o acompanhamento de pacientes que tiveram ou estão com câncer, o PET-CT, passará a ser ofertado no Sistema Único de Saúde (SUS). A inclusão ocorre com atraso de pelo menos 13 anos em relação às clínicas particulares e num formato ainda muito acanhado, avaliam sociedades médicas. O acesso será permitido para pacientes com linfoma, com câncer de intestino grosso com lesão hepática e em alguns casos de câncer de pulmão. Uma lista de opções bem menor do que a ofertada para usuários de planos de saúde. Desde o início do ano, operadoras são obrigadas a garantir o exame para pelo menos oito indicações. Entre elas, casos de câncer de mama, de pele e cabeça e pescoço.
“É o primeiro passo, mas esperávamos mais”, afirmou o presidente da Sociedade Brasileira de Medicina Nuclear, Celso Ramos. De acordo com ele, um número considerável de estudos demonstram que o uso do PET permite uma economia na área de saúde. “Os tratamentos são mais dirigidos. Evitam-se cirurgias e tratamentos desnecessários e, além disso, o exame traz mais chances de diagnosticar precocemente novos focos de câncer no paciente.”
A assessora técnica da Secretaria de Atenção à Saúde, Inez Gadelha, rebate as críticas. “A decisão foi adotada de acordo com critérios rígidos, em evidências que demonstram quais as melhores indicações, com melhores resultados.” Inês afirmou não conhecer o rol de procedimentos da ANS. “O que posso dizer é que nos baseamos nas evidências mais robustas.” Ela avalia ainda que sociedades médicas têm tendência de supervalorizar determinados exames de diagnóstico. “São clínicas particulares. É legítimo o interesse mas temos de ser criteriosos.”
Pelos cálculos do Ministério da Saúde, 20 mil pacientes serão diretamente beneficiados pelo exame. O investimento com os exames será de R$ 31 milhões anuais. Além de uma indicação acanhada, Ramos disse estar preocupado com a forma de implantação do sistema. Embora o PET de forma geral tenha um impacto positivo na economia, ele é um exame caro. A dose do radiofármaco usado no teste custa, em média R$ 800. “É preciso garantir que o tratamento seja feito com qualidade. De nada adiantaria pagar pelo procedimento uma quantia baixa se houver uma redução na qualidade do teste”, disse. A incorporação do PET no SUS não será imediata. O governo terá até 180 dias para regular como e quando isso será feito. De acordo com Inez, o exame está disponível em 21 Estados do País. Ramos informou haver no País 100 centros que ofertam o exame tanto para pacientes particulares quanto para usuários de planos de saúde.
Na avaliação do médico, a infraestrutura existente é suficiente para atender a demanda do sistema público. “Há muitos centros com capacidade ociosa. Além disso, o exame é indicado para um grupo específico.” A produção de radiofármacos usados para fazer o exame também é capaz de atender o aumento da demanda. Atualmente, existem no País 11 centros produtores, quatro deles do governo. Ramos explica que o exame PET-Scan é usado tanto para identificar a presença de tumores, encontrar novos focos da doença e avaliar a resposta que o paciente apresenta à terapia. “Uma ferramenta essencial para definir, por exemplo, a melhor indicação de tratamento.”
O exame é feito a partir do uso de um marcador. “A medicina nuclear se destaca pela capacidade de enxergar qualquer substância no organismo que se liga à radiação pósitron, seja enzima, seja aminoácido, seja hormônio”, contou.
“É o primeiro passo, mas esperávamos mais”, afirmou o presidente da Sociedade Brasileira de Medicina Nuclear, Celso Ramos. De acordo com ele, um número considerável de estudos demonstram que o uso do PET permite uma economia na área de saúde. “Os tratamentos são mais dirigidos. Evitam-se cirurgias e tratamentos desnecessários e, além disso, o exame traz mais chances de diagnosticar precocemente novos focos de câncer no paciente.”
A assessora técnica da Secretaria de Atenção à Saúde, Inez Gadelha, rebate as críticas. “A decisão foi adotada de acordo com critérios rígidos, em evidências que demonstram quais as melhores indicações, com melhores resultados.” Inês afirmou não conhecer o rol de procedimentos da ANS. “O que posso dizer é que nos baseamos nas evidências mais robustas.” Ela avalia ainda que sociedades médicas têm tendência de supervalorizar determinados exames de diagnóstico. “São clínicas particulares. É legítimo o interesse mas temos de ser criteriosos.”
Pelos cálculos do Ministério da Saúde, 20 mil pacientes serão diretamente beneficiados pelo exame. O investimento com os exames será de R$ 31 milhões anuais. Além de uma indicação acanhada, Ramos disse estar preocupado com a forma de implantação do sistema. Embora o PET de forma geral tenha um impacto positivo na economia, ele é um exame caro. A dose do radiofármaco usado no teste custa, em média R$ 800. “É preciso garantir que o tratamento seja feito com qualidade. De nada adiantaria pagar pelo procedimento uma quantia baixa se houver uma redução na qualidade do teste”, disse. A incorporação do PET no SUS não será imediata. O governo terá até 180 dias para regular como e quando isso será feito. De acordo com Inez, o exame está disponível em 21 Estados do País. Ramos informou haver no País 100 centros que ofertam o exame tanto para pacientes particulares quanto para usuários de planos de saúde.
Na avaliação do médico, a infraestrutura existente é suficiente para atender a demanda do sistema público. “Há muitos centros com capacidade ociosa. Além disso, o exame é indicado para um grupo específico.” A produção de radiofármacos usados para fazer o exame também é capaz de atender o aumento da demanda. Atualmente, existem no País 11 centros produtores, quatro deles do governo. Ramos explica que o exame PET-Scan é usado tanto para identificar a presença de tumores, encontrar novos focos da doença e avaliar a resposta que o paciente apresenta à terapia. “Uma ferramenta essencial para definir, por exemplo, a melhor indicação de tratamento.”
O exame é feito a partir do uso de um marcador. “A medicina nuclear se destaca pela capacidade de enxergar qualquer substância no organismo que se liga à radiação pósitron, seja enzima, seja aminoácido, seja hormônio”, contou.
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