O diretor de gestão da Agência Nacional de Águas (ANA), Paulo Varella Neto, deverá expor hoje a situação da barragem Armando Ribeiro Gonçalves e as perspectivas do uso da água nos próximos meses. O encontro reunirá representantes da entidades da sociedade civil da região do Vale do Açu e do poder público local para discutir a possibilidade de restrição do uso de água nessa região.
Júnior Santos
No Seridó, a água do rio Açu-Pirinhas já não pode ser usado para a produção agrícola irrigada desde o início de julho. Apenas seres humanos e animais podem consumir. Varella Neto preferiu não adiantar propostas para lidar com a escassez. “Vamos discutir questões estratégicas tendo em vista que o inverno do próximo ano será muito pior segundo previsões”, disse.
Segundo ele, “o caminho para chegar com água até o próximo ano” será discutido coletivamente, sem qualquer imposição de órgãos governamentais. Ainda de acordo com o diretor da ANA, a capacidade atual do reservatório Armando Ribeiro Gonçalves é de 26%.
Um ato normativo da agência que regula o uso da água no Brasil, determina que quando a barragem chegar a 24% de sua capacidade medidas restritivas de consumo deverão ser tomadas. Tais ações dizem respeito à captação de água em determinados pontos do rio e à irrigação de culturas agrícolas.
Conforme o presidente do comitê da bacia hidrográfica do rio Piancó-Piranhas-Açu, José Procópio, serão tomadas decisões “com base em dados reais”. Segundo ele, a restrição de uso da água para irrigação não é uma medida autoritária, uma vez que é discutida antes com a população local. “Vamos mostrar o cenário crítica em que está toda a bacia para que as pessoas possam entender e definir qual caminho nós vamos ter”, disse. O comitê é um órgão de controle social, ou seja, representa a população.
Na região do Seridó, segundo o diretor da ANA, o rio voltou a ter um volume minimamente satisfatório depois da restrição da irrigação. Ainda conforme Varella, o aumento da vazão no sistema Coremas (Paraíba, onde o rio Açu-Piranhas nasce) nem foi necessário. A agência havia determinado que a vazão em Coremas passasse de 2 metros cúbicos por segundo para 2,4. Para isso seria necessário abrir um pouco mais as comportas do sistema paraibano. Entretanto, a justificativa que foi dado pela Paraíba era que a comporta havia travado.
“Ela [a comporta] continua travada, mas com a restrição da irrigação conseguiu fazer com que o rio chegasse até a Armando Ribeiro Gonçalves”, explicou o diretor de gestão ANA. “Mas nós chegamos a conclusão que mesmo se abríssemos as comportas, não seria possível manter por muito se quiséssemos ter água até a próxima estação chuvosa em 2016”, acrescentou.
Para o presidente do comitê da Bacia do rio, a irrigação fica com muita água. “Ano passado tinha cinco metros cúbicos abertos e a água não chegava, porque 78% era usada para irrigação”, analisou Procópio.
A reunião para discutir a situação do Vale do Açu será a partir das 9h de hoje no auditório da Universidade do Estado do Rio Grande do Norte em Açu. Entre os convidados estão representantes da Secretaria de Meio Ambiente e de Recursos Hídricos do Estado do Rio Grande do Norte (Semarh), do Instituto de Gestão das Águas do Estado do Rio Grande do Norte (Igarn), do Departamento Nacional de Obras contra as Secas (Dnocs), do Ministério Público do Estado do Rio Grande do Norte, usuários de água da região, prefeitos e vereadores das seguintes cidades potiguares: Jucurutu, São Rafael, Itajá, Assu, Ipanguaçu, Afonso Bezerra, Alto do Rodrigues, Carnaubais, Pendências, Macau e Porto do Mangue.
Júnior Santos
Armando Ribeiro: quando o volume de água chegar a 24% da capacidade, serão adotadas medidas restritivas. Hoje, percentual é de 26%
No Seridó, a água do rio Açu-Pirinhas já não pode ser usado para a produção agrícola irrigada desde o início de julho. Apenas seres humanos e animais podem consumir. Varella Neto preferiu não adiantar propostas para lidar com a escassez. “Vamos discutir questões estratégicas tendo em vista que o inverno do próximo ano será muito pior segundo previsões”, disse.
Segundo ele, “o caminho para chegar com água até o próximo ano” será discutido coletivamente, sem qualquer imposição de órgãos governamentais. Ainda de acordo com o diretor da ANA, a capacidade atual do reservatório Armando Ribeiro Gonçalves é de 26%.
Um ato normativo da agência que regula o uso da água no Brasil, determina que quando a barragem chegar a 24% de sua capacidade medidas restritivas de consumo deverão ser tomadas. Tais ações dizem respeito à captação de água em determinados pontos do rio e à irrigação de culturas agrícolas.
Conforme o presidente do comitê da bacia hidrográfica do rio Piancó-Piranhas-Açu, José Procópio, serão tomadas decisões “com base em dados reais”. Segundo ele, a restrição de uso da água para irrigação não é uma medida autoritária, uma vez que é discutida antes com a população local. “Vamos mostrar o cenário crítica em que está toda a bacia para que as pessoas possam entender e definir qual caminho nós vamos ter”, disse. O comitê é um órgão de controle social, ou seja, representa a população.
Na região do Seridó, segundo o diretor da ANA, o rio voltou a ter um volume minimamente satisfatório depois da restrição da irrigação. Ainda conforme Varella, o aumento da vazão no sistema Coremas (Paraíba, onde o rio Açu-Piranhas nasce) nem foi necessário. A agência havia determinado que a vazão em Coremas passasse de 2 metros cúbicos por segundo para 2,4. Para isso seria necessário abrir um pouco mais as comportas do sistema paraibano. Entretanto, a justificativa que foi dado pela Paraíba era que a comporta havia travado.
“Ela [a comporta] continua travada, mas com a restrição da irrigação conseguiu fazer com que o rio chegasse até a Armando Ribeiro Gonçalves”, explicou o diretor de gestão ANA. “Mas nós chegamos a conclusão que mesmo se abríssemos as comportas, não seria possível manter por muito se quiséssemos ter água até a próxima estação chuvosa em 2016”, acrescentou.
Para o presidente do comitê da Bacia do rio, a irrigação fica com muita água. “Ano passado tinha cinco metros cúbicos abertos e a água não chegava, porque 78% era usada para irrigação”, analisou Procópio.
A reunião para discutir a situação do Vale do Açu será a partir das 9h de hoje no auditório da Universidade do Estado do Rio Grande do Norte em Açu. Entre os convidados estão representantes da Secretaria de Meio Ambiente e de Recursos Hídricos do Estado do Rio Grande do Norte (Semarh), do Instituto de Gestão das Águas do Estado do Rio Grande do Norte (Igarn), do Departamento Nacional de Obras contra as Secas (Dnocs), do Ministério Público do Estado do Rio Grande do Norte, usuários de água da região, prefeitos e vereadores das seguintes cidades potiguares: Jucurutu, São Rafael, Itajá, Assu, Ipanguaçu, Afonso Bezerra, Alto do Rodrigues, Carnaubais, Pendências, Macau e Porto do Mangue.
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