Cidade do Vaticano (AE/ABr) - O Papa Francisco beatificou o Papa Paulo VI, concluindo a reunião extraordinária dos Bispos sobre questões familiares que foi comparada às reformas do Concílio Vaticano II, que Paulo supervisionou e implementou. O Papa Emérito Bento XVI estava presente na missa, que ocorreu horas após bispos católicos aprovarem um documento traçando uma abordagem mais pastoral para falar às famílias católicas.
Mas a Igreja não conseguiu chegar a um consenso sobre as duas questões mais controversas no Sínodo: o acolhimento a homossexuais e divorciados e a casais que casaram pela segunda vez no civil. As questões permanecerão em discussão antes de mais uma reunião de bispos no próximo ano.
Enquanto o sínodo mostrou profundas divisões dentro da Igreja sobre temas polêmicos, o fato de que essas questões estão sendo discutidas é significativo, já que eram tabu até o papado de Francisco. “Deus não tem medo de coisas novas!”, exclamou Francisco em sua homilia de domingo. “É por isso que ele está continuamente nos surpreendendo, abrindo nossos corações e nos guiando de maneira inesperada.”
Na missa de encerramento do Sínodo, Francisco destacou que o encontro foi uma “grande experiência de união” e recordou o papel da Igreja de curar as feridas e dar esperança às pessoas. Os participantes, segundo o papa, sentiram o “poder do Espírito Santo que guia e incessantemente renova a Igreja”, e que deve continuar a “cuidar das feridas abertas e a devolver a esperança a muitas pessoas que a perderam”.
Na semana passada, havia esperança de que a proposta de acolhimento de gays e divorciados pudesse ser aprovada. A ONG Human Rights Campaign, defensora dos direitos homossexuais dos Estados Unidos, disse que o documento trazia “uma mudança drástica de tom”. Já o grupo de direitos humanos Quest, baseado em Londres, disse que partes do relatório representam um “avanço”.
No entanto, a organização conservadora católica Voice Of The Family afirmava que o documento é uma “traição”. O co-fundador do grupo, John Smeaton, classificou o rascunho preliminar como “um dos piores documentos oficiais já escritos na história da Igreja”.
Beatificação
Segundo Francisco, o próprio Paulo VI já afirmava que a igreja, particularmente o seu sínodo de bispos, deve examinar os sinais dos tempos para garantir que adapta seus métodos para responder às “necessidades crescentes do nosso tempo e às condições de mudança da sociedade”.
Paulo foi eleito em 1963 para suceder ao popular Papa João XXIII Durante o seu papado de 15 anos, foi o responsável por implementar as reformas do Concílio Vaticano II e conduzir a igreja ao longo dos anos da revolução sexual da década de 1960. O Vaticano II abriu o caminho para a missa ser rezada em línguas locais, em vez de em latim, pediu uma maior participação dos laicos na vida da Igreja e revolucionou as relações da Igreja com as pessoas de outras religiões. Ele é talvez mais conhecido, no entanto, pela encíclica Humanae Vitae, de 1968, que consagrou a oposição da Igreja à contracepção artificial. Em abril, o Papa Francisco havia canonizado os Papas João Paulo II e João XXIII.
Mas a Igreja não conseguiu chegar a um consenso sobre as duas questões mais controversas no Sínodo: o acolhimento a homossexuais e divorciados e a casais que casaram pela segunda vez no civil. As questões permanecerão em discussão antes de mais uma reunião de bispos no próximo ano.
Enquanto o sínodo mostrou profundas divisões dentro da Igreja sobre temas polêmicos, o fato de que essas questões estão sendo discutidas é significativo, já que eram tabu até o papado de Francisco. “Deus não tem medo de coisas novas!”, exclamou Francisco em sua homilia de domingo. “É por isso que ele está continuamente nos surpreendendo, abrindo nossos corações e nos guiando de maneira inesperada.”
Na missa de encerramento do Sínodo, Francisco destacou que o encontro foi uma “grande experiência de união” e recordou o papel da Igreja de curar as feridas e dar esperança às pessoas. Os participantes, segundo o papa, sentiram o “poder do Espírito Santo que guia e incessantemente renova a Igreja”, e que deve continuar a “cuidar das feridas abertas e a devolver a esperança a muitas pessoas que a perderam”.
Na semana passada, havia esperança de que a proposta de acolhimento de gays e divorciados pudesse ser aprovada. A ONG Human Rights Campaign, defensora dos direitos homossexuais dos Estados Unidos, disse que o documento trazia “uma mudança drástica de tom”. Já o grupo de direitos humanos Quest, baseado em Londres, disse que partes do relatório representam um “avanço”.
No entanto, a organização conservadora católica Voice Of The Family afirmava que o documento é uma “traição”. O co-fundador do grupo, John Smeaton, classificou o rascunho preliminar como “um dos piores documentos oficiais já escritos na história da Igreja”.
Beatificação
Segundo Francisco, o próprio Paulo VI já afirmava que a igreja, particularmente o seu sínodo de bispos, deve examinar os sinais dos tempos para garantir que adapta seus métodos para responder às “necessidades crescentes do nosso tempo e às condições de mudança da sociedade”.
Paulo foi eleito em 1963 para suceder ao popular Papa João XXIII Durante o seu papado de 15 anos, foi o responsável por implementar as reformas do Concílio Vaticano II e conduzir a igreja ao longo dos anos da revolução sexual da década de 1960. O Vaticano II abriu o caminho para a missa ser rezada em línguas locais, em vez de em latim, pediu uma maior participação dos laicos na vida da Igreja e revolucionou as relações da Igreja com as pessoas de outras religiões. Ele é talvez mais conhecido, no entanto, pela encíclica Humanae Vitae, de 1968, que consagrou a oposição da Igreja à contracepção artificial. Em abril, o Papa Francisco havia canonizado os Papas João Paulo II e João XXIII.
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