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quarta-feira, 16 de julho de 2014

Henrique Alves defende ação conjunta dos parlamentos para ampliar diálogo entre Brasil e China


Brasília (DF) - O presidente da Câmara defendeu nesta quarta-feira (16) a atuação conjunta do Congresso brasileiro e da Assembleia Popular Nacional da China para ampliar o diálogo entre os dois países. A afirmação foi feita durante sessão solene para comemorar os 40 anos do estabelecimento das relações diplomáticas entre a China e o Brasil, com a presença do presidente da China, Xi Jinping.

Xi Jinping está no Brasil, desde o início da semana, para participar da 6ª Cúpula do BRICS – grupo formado por Brasil, China, Rússia, África do Sul e Índia. O evento foi realizado em Fortaleza. Jinping incluiu o Congresso no roteiro de sua visita ao Brasil a convite de Henrique Alves, que esteve em abril deste ano China em visita oficial de sete dias.

“Defendo um papel de protagonismo do Poder Legislativo no estabelecimento de acordos de cooperação com as nações amigas, porque assim a tramitação de tais acordos no Parlamento tem mais condições de ser agilizada e receber maior apoio da população”, afirmou Henrique Alves em seu pronunciamento. A Diplomacia Parlamentar, segundo ele, pode e deve ter voz ativa no estabelecimento de acordos com as nações amigas.

Ele também considera positiva a iniciativa de se estabelecer uma dimensão parlamentar no BRICS para “imprimir maior efetividade a seu funcionamento”. Henrique Alves agradeceu o apoio da Assembleia Popular Nacional e do Governo da República Popular da China à iniciativa da Câmara dos Deputados de institucionalizar a cooperação parlamentar no BRICS.
Modelo de desenvolvimento

O presidente da Câmara elogiou a trajetória de desenvolvimento da China e afirmou que os chineses sempre são associados às características de perseverança, sabedoria tradicional e prudência. Ele disse que essas qualidades contribuíram para que a China pudesse se modernizar, preservando suas tradições.

“Esse processo é de grande interesse para nós, pois, guardadas as proporções, o Brasil também vem experimentando mudanças em sua estrutura econômica e social nas últimas décadas, que resultaram em enormes benefícios especialmente para a população mais carente”, disse Henrique Alves. Ele disse que a relação bilateral entre China e Brasil tem ajudado ambas as nações a dinamizar suas economias em várias áreas.

Participaram do evento, realizado no plenário Ulysses Guimarães, o vice-presidente da República, Michel Temer; o presidente do Senado, Renan Calheiros; o 1º vice-presidente da Câmara, deputado Arlindo Chinaglia; o 1º secretário do Senado, senador Flexa Ribeiro; e o 2º secretário da Câmara, deputado Simão Sessim, além de parlamentares e representantes do governo brasileiro e chinês.

Cooperação

O presidente do Senado, Renan Calheiros, também disse, em seu pronunciamento, que a visita do presidente Xi Jinping ao Brasil é um sinal claro do desejo de ampliar as relações entre China e Brasil em diversas áreas. Ele afirmou que o pronunciamento do presidente chinês no Congresso também contribuirá para consolidar a relação entre os parlamentos dos dois países.

Ele anunciou a aprovação nesta semana no Senado de acordo de extradição entre os dois países, o que vai agilizar a cooperação jurídica entre China e Brasil. Renan Calheiros ainda elogiou a criação do Novo Banco de Desenvolvimento, instituição no âmbito do BRICS que vai financiar projetos de infraestrutura em países emergentes. Ele assinalou que o banco consolida o BRICS como um novo eixo da economia mundial.

Presidente Chinês defende fortalecimento de relação com Brasil e maior protagonismo global

O presidente da República Popular da China, Xi Jinping, defendeu que Brasil e China assumam maiores responsabilidades internacionais, fortaleçam sua relação comercial e tratem o 40º aniversário de sua relação diplomática ­ comemorado no próximo dia 15 de agosto – “como um novo  ponto de partida”, para ficar mais abrangentes e influente no mundo.

Em seu discurso, o presidente disse que China e Brasil devem intensificar a cooperação bilateral para defender “energicamente os interesses comuns dos países em desenvolvimento”. De acordo com o líder chinês, os dois países, como os maiores de seus continentes, ao concretizar seu próprio desenvolvimento têm a obrigação de impulsionar a ordem internacional em sentido mais justo.
Xi Jinping ressaltou que o Brasil foi o primeiro país em desenvolvimento a estabelecer parceria estratégica com a China. Hoje, segundo afirma, “a China é o maior parceiro comercial do Brasil há cinco anos, e o Brasil representa o maior parceiro da China na América Latina e no Caribe”.
Segundo o presidente da China, somente o fortalecimento da cooperação bilateral pode promover um mundo de paz duradoura, desenvolvimento sustentável comum e assegurar a diversidade cultural. “A história nos conta que a lei da selva não é a melhor maneira de convivência, o militarismo não leva a nada”, disse.

Xi Jinping ressaltou ainda que os dois países já cooperam em áreas diversificadas, como alta tecnologia, satélites, exploração de petróleo em mar profundo e biotecnologia. Ainda assim, defende que acelerem a implantação do plano decenal de cooperação para impulsionar estratégias de desenvolvimento e intensificar a cooperação científico-tecnológica.

Fotos: J. Batista
Assessoria de Imprensa
Presidência da Câmara dos Deputados

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