Dia de sol, clima de verão. Férias escolares, cidade turística. Todos os aspectos apontam para o divertimento nas praias potiguares. O cuidado é essencial, e não apenas na proteção da pele. Para quem quer curtir o sol e mar natalense, tem que preparar o bolso para os chamados “preços de praia”.
Fernando e Joana resolvem levar seus dois filhos, Clarisse e Eduardo, à praia de Ponta Negra. Saíram logo pela manhã, em seu carro particular. À primeira vista, o problema inicial. Onde estacionar? Com a proibição do estacionamento na Avenida Erivan França, via beira-mar à praia, eles resolveram colocar o carro num estacionamento privado. O primeiro gasto: R$ 5.
Deixado o carro, a família segue em busca de um lugar à sombra, na areia. A opção, quase exclusiva, é alugar um kit de praia; com mesa, cadeira e sobreiro. Desembolsam R$ 10 para o aluguel do material, em tamanho grande, para caber toda família.
Após banhos salgados, e bronze de sol, a sede alerta. Para o pai Fernando, uma cerveja, R$ 6 – garrafa de 600ml. Joana, pede uma água-de-coco, R$ 3. E para os filhos, duas latas de refrigerante; R$ 3,50, cada. E, claro, um aperitivo como acompanhamento. O típico peixe frito cioba, em tamanho médio, com salada e macaxeira, mais R$ 40. Por fim, uma lembrança da cidade para levar para casa. Por R$ 30 eles comprar uma canga com a temática de Natal. Mal se passou a manhã, e a família já gastou R$ 111.
Esses personagens são fictícios, mas o conteúdo da história é verdadeiro. Turistas e natalenses reclamam e se habituam ao sobrepreço dos produtos ao se aproximar da época de verão – janeiro, fevereiro e março -, nas areias da praia urbana mais movimentada. Apesar de não ser uma exclusividade de Ponta Negra, em outras praias pode-se constatar o alto preço, ainda há a diferenciação ao longo do litoral, em que as terras do Morro do Careca se destacam no alto gasto.
Luciene Caldas, 40, e Vinícius Miller, turistas vindos de Minas Gerais, já estão acostumados. “Turista sai para viajar e já vem preparado”, relata Luciene. É a primeira vez deles na cidade.
Cleudes Martins, 67, de Rondônia, trouxe boa parte da família para aproveitar as férias em Natal. No total, sete pessoas, entre esposa, filha, netos e genro. Eles já visitam Natal há quinze anos e dizem que a cada temporada percebem um aumento.
Os quiosqueiros, comerciantes dos produtos de bebida e comida ao longo do calçadão, justificam os valores como repasse do custo do produto aumentado pelos fornecedores. “Tem produto que não é da gente, como o coco. O rapaz vem deixar todo dia. A gente compra cada um por dois reais”, justifica, Lígia de Lima, quiosqueira.
Vicente Dutra, vendedor de artesanato, confessa que houve aumento de R$ 10 em seus produtos, mas também fala da relação com o fornecedor. “Vem tudo da Indonésia. Com o aumento do dólar e impostos aumenta o preço”, diz referindo- se às cangas que custam em média R$ 25 a R$ 30. “O pessoal reclama, pesquisa e não compra. Mas, é o preço médio do calçadão”.
Na Praia dos Artistas, as declarações são semelhantes. Apesar de um menor preço, somente o coco diminui a R$ 1 e R$ 2, ao avistar um turista alguns ambulantes alteram os valores. Mário César, confessa que a ação. “Não vou mentir, quando vejo um turista disposto a dar mais no coco eu coloco outro preço”, relata o ambulante que vende coco e água mineral.
Oferta
Aldemir Simplício, presidente da Associação de Quiosqueiros de Ponta Negra, explica a situação. Ele diz que nesta época de verão a demanda é maior, e por isso, tem menos produtos ofertados. O fornecedor, obedecendo a lógica comercial de oferta e demanda, aumenta o valor do produto que por fim é repassado ao consumidor.
“Nesse período tem a demanda maior, o peixe, coco, fica mais escasso. Na baixa estação a gente compra um cioba por 14 reais. Hoje, está a 22, 20 reais. Nós quiosqueiros temos que repassar os preços”, esclarece exemplificando ainda o valor do coco, que durante a baixa estação custava R$ 0,90 e agora esta sendo repassado até R$ 2.
Ele fala ainda que existem alguns ambulantes, os que fazem a venda numa estrutura móvel à beira-mar, não tem vínculo com imposto, pagamento de água e energia, e podem até diminuir os preços por só se preocuparem com o ganho no produto. Mas, há ainda aqueles que exageram. “Às vezes chega até o absurdo de alguns repassarem até cem porcento do valor”, conta sobre os ambulantes.
Fernando e Joana resolvem levar seus dois filhos, Clarisse e Eduardo, à praia de Ponta Negra. Saíram logo pela manhã, em seu carro particular. À primeira vista, o problema inicial. Onde estacionar? Com a proibição do estacionamento na Avenida Erivan França, via beira-mar à praia, eles resolveram colocar o carro num estacionamento privado. O primeiro gasto: R$ 5.
Deixado o carro, a família segue em busca de um lugar à sombra, na areia. A opção, quase exclusiva, é alugar um kit de praia; com mesa, cadeira e sobreiro. Desembolsam R$ 10 para o aluguel do material, em tamanho grande, para caber toda família.
Após banhos salgados, e bronze de sol, a sede alerta. Para o pai Fernando, uma cerveja, R$ 6 – garrafa de 600ml. Joana, pede uma água-de-coco, R$ 3. E para os filhos, duas latas de refrigerante; R$ 3,50, cada. E, claro, um aperitivo como acompanhamento. O típico peixe frito cioba, em tamanho médio, com salada e macaxeira, mais R$ 40. Por fim, uma lembrança da cidade para levar para casa. Por R$ 30 eles comprar uma canga com a temática de Natal. Mal se passou a manhã, e a família já gastou R$ 111.
Esses personagens são fictícios, mas o conteúdo da história é verdadeiro. Turistas e natalenses reclamam e se habituam ao sobrepreço dos produtos ao se aproximar da época de verão – janeiro, fevereiro e março -, nas areias da praia urbana mais movimentada. Apesar de não ser uma exclusividade de Ponta Negra, em outras praias pode-se constatar o alto preço, ainda há a diferenciação ao longo do litoral, em que as terras do Morro do Careca se destacam no alto gasto.
Luciene Caldas, 40, e Vinícius Miller, turistas vindos de Minas Gerais, já estão acostumados. “Turista sai para viajar e já vem preparado”, relata Luciene. É a primeira vez deles na cidade.
Cleudes Martins, 67, de Rondônia, trouxe boa parte da família para aproveitar as férias em Natal. No total, sete pessoas, entre esposa, filha, netos e genro. Eles já visitam Natal há quinze anos e dizem que a cada temporada percebem um aumento.
Os quiosqueiros, comerciantes dos produtos de bebida e comida ao longo do calçadão, justificam os valores como repasse do custo do produto aumentado pelos fornecedores. “Tem produto que não é da gente, como o coco. O rapaz vem deixar todo dia. A gente compra cada um por dois reais”, justifica, Lígia de Lima, quiosqueira.
Vicente Dutra, vendedor de artesanato, confessa que houve aumento de R$ 10 em seus produtos, mas também fala da relação com o fornecedor. “Vem tudo da Indonésia. Com o aumento do dólar e impostos aumenta o preço”, diz referindo- se às cangas que custam em média R$ 25 a R$ 30. “O pessoal reclama, pesquisa e não compra. Mas, é o preço médio do calçadão”.
Na Praia dos Artistas, as declarações são semelhantes. Apesar de um menor preço, somente o coco diminui a R$ 1 e R$ 2, ao avistar um turista alguns ambulantes alteram os valores. Mário César, confessa que a ação. “Não vou mentir, quando vejo um turista disposto a dar mais no coco eu coloco outro preço”, relata o ambulante que vende coco e água mineral.
Oferta
Aldemir Simplício, presidente da Associação de Quiosqueiros de Ponta Negra, explica a situação. Ele diz que nesta época de verão a demanda é maior, e por isso, tem menos produtos ofertados. O fornecedor, obedecendo a lógica comercial de oferta e demanda, aumenta o valor do produto que por fim é repassado ao consumidor.
“Nesse período tem a demanda maior, o peixe, coco, fica mais escasso. Na baixa estação a gente compra um cioba por 14 reais. Hoje, está a 22, 20 reais. Nós quiosqueiros temos que repassar os preços”, esclarece exemplificando ainda o valor do coco, que durante a baixa estação custava R$ 0,90 e agora esta sendo repassado até R$ 2.
Ele fala ainda que existem alguns ambulantes, os que fazem a venda numa estrutura móvel à beira-mar, não tem vínculo com imposto, pagamento de água e energia, e podem até diminuir os preços por só se preocuparem com o ganho no produto. Mas, há ainda aqueles que exageram. “Às vezes chega até o absurdo de alguns repassarem até cem porcento do valor”, conta sobre os ambulantes.
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