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segunda-feira, 17 de junho de 2013

Ritmo de jogo? Casillas é titular, mas quase não trabalha em sua volta

Del Bosque ignorou o longo período de inatividade de Iker Casillas e o colocou como titular. Não era apenas pela questão técnica. O treinador da Espanha sabia da importância de ter o seu capitão, o homem que ergueu as taças da Copa do Mundo e da Eurocopa, em campo. Mas contava também que o goleiro ganhasse minutos importantes de ritmo de jogo. De fato o camisa 1 estava ali no gramado, sentindo toda a atmosfera de um jogo oficial, mas praticamente não houve oportunidades para trabalhar e mostrar por que Victor Valdés voltou ao banco de reservas. No gol de falta de Luis Suárez sofrido já no finzinho do segundo tempo, méritos para o atacante uruguaio. E a Espanha? Venceu por 2 a 1, iniciando a Copa das Confederações com importante vitória, neste domingo, na Arena Pernambuco.
Casillas ou Valdés? “Para mim tanto faz”, deve ter pensado Del Bosque quando desceu para o intervalo. A escolha pelo seu capitão, mesmo há quase cinco meses sem jogar como titular, surpreendeu a quem seguiu a seleção espanhola nas últimas semanas, mas o fato é que não fez a menor diferença. Não nos primeiros 45 minutos na Arena Pernambuco.
ker Casillas não iniciava uma partida desde o dia 23 de janeiro. Foi quando o Real Madridvisitou o Valencia, no Estádio Mestalla, pela Copa do Rei. O camisa 1 durou exatos 17 minutos em campo até fraturar a mão esquerda em lance com o lateral-direito Arbeloa, também do time merengue.
O arqueiro levou menos de três meses para se recuperar, mas por um desentendimento com o técnico José Mourinho o máximo que conseguiu foi o banco de reservas. Em maio, já no fim da temporada, até o reserva Adán recebeu chances.
Ainda assim, Casillas foi convocado e voltou a vestir a braçadeira de capitão. Teve tempo livre para ajustá-la durante todo o primeiro tempo. Com a Espanha postada no campo do Uruguai praticamente nos 45 minutos, ele virou um mero espectador. Piadas na internet diziam que ele foi visto em um dos bares da Arena reclamando do preço de comidas e bebidas. Outros afirmaram que trocava mensagens com a noiva Sara Carbonero, que cobria o jogo como repórter de uma TV espanhola. A vida era realmente tranquila.
Para não dizer que Casillas não trabalhou, aos 29 minutos ele foi obrigado a segurar uma leve cabeçada de Cavani – no que foi também a melhor chance do Uruguai. Pouco antes, havia cobrado um tiro de meta e também feito um lançamento para o ataque.
O camisa 1 fez a sua segunda defesa no jogo logo no primeiro minuto da etapa final. Poderia ser um sinal de que as coisas seriam diferentes, que o Uruguai iria para cima em busca de um empate. Simplesmente não aconteceu. O monólogo se repetia com menos intensidade, mas Casillas não encontrou em seu lado oportunidades para trabalhar. Quando poderia, uma cobrança perfeita de Luis Suárez encontrou as redes aos 43 minutos do segundo tempo.

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