Na contramão de uma economia assombrada pelo desemprego, os empreendimentos de energia eólica devem gerar 50 mil novos empregos em 2016 em toda a cadeia produtiva. No ano passado, esse número foi de 40 mil, segundo dados da Associação Brasileira de Energia Eólica (Abeeólica).
“Temos um estudo que envolve toda a cadeia produtiva e ele mostra que a cada Megawatt (MW) instalado, 15 postos de trabalho são gerados”, afirma a presidente da associação, Élbia Gannoum. O investimento em 2016, segundo a presidente, será de R$ 20 bilhões para a construção de 175 novos parques eólicos que vão gerar mais 3 Gigawatts (GW) de energia.
Hoje, existem 349 parques eólicos no Brasil, sendo 324 em operação, segundo a Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel). No ano passado, foram construídos 111 e, em 2014, 95 parques. “Em 2015, completamos 8,7 GW de potência instalada, exatamente igual à geração (da usina) de Belo Monte”, declara.
Só no ano passado, a participação da energia eólica no Sistema Integrado Nacional (SIN) de energia elétrica cresceu 35% na comparação com 2014, e deverá crescer 36% em 2016 frente a 2015, segundo Élbia. “Estamos batendo recordes consecutivos nos últimos quatro anos em função de um trabalho bem-sucedido de instalação feito pelo setor”, explica a presidente. Em 2015, a energia eólica gerou 2,7 GW no SIN, que hoje é de 140 GW. A maioria dos parques eólicos do país está no Nordeste. “Temos potencial no Rio Grande do Sul também, mas o Nordeste é um polo porque lá o potencial existe em todos os Estados, em toda a costa”, diz.
Até dezembro do ano passado, a energia eólica era responsável por 5,53% da energia do país. Deve chegar a 12% nos próximos cinco anos, segundo previsão da associação, e se tornar a segunda maior fonte de energia do país, atrás apenas da hidrelétrica. Atualmente, as usinas e geradoras hidrelétricas, incluindo as de pequeno porte, são responsáveis por 65% da energia elétrica brasileira, seguidas pelas termelétricas, com 28%.
Tímido. Mesmo sendo o terceiro Estado que mais gera energia elétrica no Brasil, com 11% da produção, e atrás apenas de São Paulo e Paraná, Minas Gerais tem uma participação bem tímido na geração de energia eólica. Segundo dados da Aneel, só há uma geradora eólica mineira contribuindo com 156 kilowatts no SIN.
Mapa nacional
Número de parques eólicos:
Rio Grande do Norte: 100
Rio Grande do Norte: 100
Rio Grande do Sul: 66
Bahia: 62
Ceará: 47
Piauí: 25
Pernambuco: 19
Santa Catarina: 14
Paraíba: 13
Sergipe: 1
Rio de Janeiro: 1
Paraná: 1
Modalidades se complementam
A segurança energética do Brasil não fica ameaçada pelo crescimento do uso da energia eólica porque as demais modalidades de energia, principalmente a hidrelétrica, complementam a geração diante de uma diminuição sazonal. “O Brasil é um país com um potencial energético tão fantástico que, quando os ventos diminuem, a chuva chega”, diz a presidente da Associação Brasileira de Energia Eólica (Abeeólica), Élbia Gannoum.
Ela explica que as fontes de energia limpa apresentam “safras”. “Assim como a hidrelétrica, que tem a safra no período das chuvas, a energia eólica tem a sua, que acontece de junho até setembro e outubro”, conta. A complementaridade, segundo Élbia, acontece com outras fontes de energia, como a geração por células fotovoltaicas que captam a energia solar. Projetos brasileiros de parques eólicos já fazem a previsão de células fotovoltaicas para captação durante o dia.
“O Brasil tem o maior potencial de energia solar do mundo, o melhor mapa de ventos do mundo, e é um dos países com melhores condições para geração hidrelétrica. Somos o gerador do mundo e isso foi bastante discutido na COP 21”, avalia Élbia, se referindo à 21ª Conferência do Clima, realizada em dezembro de 2015, na França.
A segurança energética do Brasil não fica ameaçada pelo crescimento do uso da energia eólica porque as demais modalidades de energia, principalmente a hidrelétrica, complementam a geração diante de uma diminuição sazonal. “O Brasil é um país com um potencial energético tão fantástico que, quando os ventos diminuem, a chuva chega”, diz a presidente da Associação Brasileira de Energia Eólica (Abeeólica), Élbia Gannoum.
Ela explica que as fontes de energia limpa apresentam “safras”. “Assim como a hidrelétrica, que tem a safra no período das chuvas, a energia eólica tem a sua, que acontece de junho até setembro e outubro”, conta. A complementaridade, segundo Élbia, acontece com outras fontes de energia, como a geração por células fotovoltaicas que captam a energia solar. Projetos brasileiros de parques eólicos já fazem a previsão de células fotovoltaicas para captação durante o dia.
“O Brasil tem o maior potencial de energia solar do mundo, o melhor mapa de ventos do mundo, e é um dos países com melhores condições para geração hidrelétrica. Somos o gerador do mundo e isso foi bastante discutido na COP 21”, avalia Élbia, se referindo à 21ª Conferência do Clima, realizada em dezembro de 2015, na França.
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