A construção de uma terceira ponte sobre o rio Potengi entrou na pauta de discussão da equipe de transição do Governo do Estado e gerou debate entre especialistas do setor de trânsito e transportes e gestores públicos. Estudos, possibilidades e ideias devem ser apresentadas nos próximos meses. Algumas propostas, aliás, já começam a ganhar forma. No entanto, o consenso a respeito da necessidade, viabilidade e localização da nova estrutura está longe de ser alcançado. Por outro lado, os agentes que protagonizam o debate concordam que a subutilização da ponte Newton Navarro – devido à falta de obras complementares e essenciais para o tráfego – antecipou a discussão.
Ponte: sem consenso sobre necessidade, local e viabilidade
A possibilidade de construção de uma terceira ponte ligando a zona Norte de Natal foi sinalizada pelo governador eleito Robinson Faria durante visita à Caixa Econômica Federal (CEF). Segundo Faria, há a intenção de relocar recursos inicialmente destinados às obras da Roberto Freire para o futuro projeto sobre o rio Potengi. Mas a ideia é embrionária. Ainda não há estudos que fundamentem a obra e, até o momento, nenhum plano de mobilidade ou transporte apontou para a necessidade de uma nova ponte na cidade. Enquanto isso, as obras de acessibilidade da ponte Newton Navarro permanecem engavetadas, o que impossibilita ampliação do uso da mesma.
Desde que o assunto entrou em pauta, especialistas da área e gestores públicos expõem possibilidades que devem ser estudadas nos próximos dias. Os que são a favor do projeto indicam pelo menos quatro propostas de viabilidade e instalação do equipamento: continuidade do viaduto do Baldo; proximidades do Porto, na Ribeira; avenida Mor Gouveia e, por fim, ligação do centro comercial do Alecrim.
Nos dois primeiros casos, a avenida João Medeiros Filho seria o ponto de desemboque da ponte. No caso da Mor Gouveia, a ligação seria em terreno localizado no município de São Gonçalo do Amarante, e a última opção aponta a avenida Itapetinga como via de acesso na zona Norte.
Na última quinta-feira, através de redes sociais, Robinson Faria voltou a comentar o assunto e reafirmar que irá tocar a obra. O tema será prioritário na próxima gestão estadual. “O projeto da terceira ponte será um dos primeiros a ser planejado pela nossa equipe em 2015 e irá melhorar a mobilidade das pessoas. A ponte vai garantir mais qualidade de vida para a população, que terá tempo para estar em casa, com a família. Eu conheço a necessidade de quem anda de ônibus e precisa atravessar o rio Potengi para trabalhar no Centro da cidade, na zona Sul”, escreveu.
Apesar das ideias, o desejo do governador eleito esbarra, até o momento, em falta de estudos que esclareçam tecnicamente a viabilidade e necessidade da obra. Há opiniões contrárias à obra e estudiosos esclarecem que antes de pensar em um novo equipamento, é necessário primeiro dotar a ponte Newton Navarro de acessos que possibilitem a utilização adequada – e projetada – da mesma. Afinal, a obra custou R$ 194 milhões aos cofres públicos e continua sem as obras complementares no lado norte.
É o que diz o professor do departamento de Engenharia Civil da Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN) e especialista em engenharia de trânsito, Enilson Medeiros. “A discussão sobre a terceira ponte é intempestiva. Não existe projeto, estudo ou plano sobre essa possível obra. O Estado ainda está devendo as obras de acesso na Newton Navarro. A falta delas limita o uso do equipamento. Acredito que, hoje, a ponte não esteja recebendo nem 30% da frota que pode receber”, afirma o professor.
STTU
A secretaria Municipal de Mobilidade Urbana (STTU) confirma que a “Ponte de Todos”, como foi batizada pela ex-governadora Wilma de Faria, está subutilizada e culpa a falta dos acessos pela deficiência. Os números da secretaria apontam ainda que, atualmente, a média de circulação no local é de aproximadamente 35 mil veículos por dia. A capacidade total é quase o dobro dessa quantia.
O diretor do departamento de planejamento da STTU, Jaime Balderrama, afirma que a falta dos acessos é um problema, mas considera necessária a construção de uma terceira ponte. O assunto, no entanto, ainda é uma incógnita. “A ponte Newton Navarro não está em melhores condições de tráfego por falta dos acessos. Uma nova ponte é necessária, mas não sabemos quem será o responsável pelo projeto”, conta.
Balderrama confirma ainda que, ainda nesta semana, técnicos da secretaria estarão em campo para coletar informações e apontar opções de locais para construção da ponte. O diretor confirmou também que as possibilidades já apontadas serão analisadas e, apesar de não existir prazo para apresentar as análises, o assunto é prioridade na pasta. “Vamos correr com os trabalhos. O governador eleito já disse que quer fazer a obra e vamos nos reunir com a equipe técnica”, conta.
DNIT
Sobre o assunto, o Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (DNIT) – responsável pela ponte de Igapó – manteve-se imparcial. “Todas as considerações devem ser feitas entre as prefeituras e Governo do Estado, porque isto implica em uma solução de mobilidade urbana das cidades envolvidas, ou seja, Natal, São Gonçalo do Amarante e municípios circunvizinhos da área norte da região metropolitana de Natal”, informa a assessoria de imprensa do órgão.
Ponte: sem consenso sobre necessidade, local e viabilidade
A possibilidade de construção de uma terceira ponte ligando a zona Norte de Natal foi sinalizada pelo governador eleito Robinson Faria durante visita à Caixa Econômica Federal (CEF). Segundo Faria, há a intenção de relocar recursos inicialmente destinados às obras da Roberto Freire para o futuro projeto sobre o rio Potengi. Mas a ideia é embrionária. Ainda não há estudos que fundamentem a obra e, até o momento, nenhum plano de mobilidade ou transporte apontou para a necessidade de uma nova ponte na cidade. Enquanto isso, as obras de acessibilidade da ponte Newton Navarro permanecem engavetadas, o que impossibilita ampliação do uso da mesma.
Desde que o assunto entrou em pauta, especialistas da área e gestores públicos expõem possibilidades que devem ser estudadas nos próximos dias. Os que são a favor do projeto indicam pelo menos quatro propostas de viabilidade e instalação do equipamento: continuidade do viaduto do Baldo; proximidades do Porto, na Ribeira; avenida Mor Gouveia e, por fim, ligação do centro comercial do Alecrim.
Nos dois primeiros casos, a avenida João Medeiros Filho seria o ponto de desemboque da ponte. No caso da Mor Gouveia, a ligação seria em terreno localizado no município de São Gonçalo do Amarante, e a última opção aponta a avenida Itapetinga como via de acesso na zona Norte.
Na última quinta-feira, através de redes sociais, Robinson Faria voltou a comentar o assunto e reafirmar que irá tocar a obra. O tema será prioritário na próxima gestão estadual. “O projeto da terceira ponte será um dos primeiros a ser planejado pela nossa equipe em 2015 e irá melhorar a mobilidade das pessoas. A ponte vai garantir mais qualidade de vida para a população, que terá tempo para estar em casa, com a família. Eu conheço a necessidade de quem anda de ônibus e precisa atravessar o rio Potengi para trabalhar no Centro da cidade, na zona Sul”, escreveu.
Apesar das ideias, o desejo do governador eleito esbarra, até o momento, em falta de estudos que esclareçam tecnicamente a viabilidade e necessidade da obra. Há opiniões contrárias à obra e estudiosos esclarecem que antes de pensar em um novo equipamento, é necessário primeiro dotar a ponte Newton Navarro de acessos que possibilitem a utilização adequada – e projetada – da mesma. Afinal, a obra custou R$ 194 milhões aos cofres públicos e continua sem as obras complementares no lado norte.
É o que diz o professor do departamento de Engenharia Civil da Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN) e especialista em engenharia de trânsito, Enilson Medeiros. “A discussão sobre a terceira ponte é intempestiva. Não existe projeto, estudo ou plano sobre essa possível obra. O Estado ainda está devendo as obras de acesso na Newton Navarro. A falta delas limita o uso do equipamento. Acredito que, hoje, a ponte não esteja recebendo nem 30% da frota que pode receber”, afirma o professor.
STTU
A secretaria Municipal de Mobilidade Urbana (STTU) confirma que a “Ponte de Todos”, como foi batizada pela ex-governadora Wilma de Faria, está subutilizada e culpa a falta dos acessos pela deficiência. Os números da secretaria apontam ainda que, atualmente, a média de circulação no local é de aproximadamente 35 mil veículos por dia. A capacidade total é quase o dobro dessa quantia.
O diretor do departamento de planejamento da STTU, Jaime Balderrama, afirma que a falta dos acessos é um problema, mas considera necessária a construção de uma terceira ponte. O assunto, no entanto, ainda é uma incógnita. “A ponte Newton Navarro não está em melhores condições de tráfego por falta dos acessos. Uma nova ponte é necessária, mas não sabemos quem será o responsável pelo projeto”, conta.
Balderrama confirma ainda que, ainda nesta semana, técnicos da secretaria estarão em campo para coletar informações e apontar opções de locais para construção da ponte. O diretor confirmou também que as possibilidades já apontadas serão analisadas e, apesar de não existir prazo para apresentar as análises, o assunto é prioridade na pasta. “Vamos correr com os trabalhos. O governador eleito já disse que quer fazer a obra e vamos nos reunir com a equipe técnica”, conta.
DNIT
Sobre o assunto, o Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (DNIT) – responsável pela ponte de Igapó – manteve-se imparcial. “Todas as considerações devem ser feitas entre as prefeituras e Governo do Estado, porque isto implica em uma solução de mobilidade urbana das cidades envolvidas, ou seja, Natal, São Gonçalo do Amarante e municípios circunvizinhos da área norte da região metropolitana de Natal”, informa a assessoria de imprensa do órgão.
Nenhum comentário:
Postar um comentário