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domingo, 22 de dezembro de 2013

Yes, temos deficiência no inglês

Um turista adentra uma loja de bagagens de um shopping de Natal e pede, em inglês, para comprar uma mala com expansor. Depois de muito esforço e mímica de ambas as partes, a vendedora Cláudia Regina dos Santos compreende o desejo do cliente e aponta para a calculadora para informar o preço. Na hora de passar o cartão, algo sai errado e a compra não é efetivada. Após nova rodada de mímicas, o turista se faz entender: o limite do cartão havia sido ultrapassado e ele queria reservar o produto para comprar no dia seguinte.

Situações como essa são mais comuns do que se imagina. Mesmo em Natal, que é uma cidade turística e está entre as sedes da Copa do Mundo de 2014, grande parte dos trabalhadores do comércio ainda não detém conhecimentos básicos de qualquer língua estrangeira que seja.


De acordo com uma pesquisa feita pelo escola de idiomas Watford, apenas um quarto dos vendedores e gerentes das lojas de shopping da cidade conseguem se comunicar em inglês com o turista estrangeiro, ou seja, 25%. A pesquisa ouviu 100 pessoas entre vendedores, operadores de caixa e gerentes de lojas na última semana de novembro. O resultado é o apelo para mímicas, como atestou a pesquisa: 24% dos entrevistados afirmaram que apelam para os gestos na hora de fechar uma venda como um falante de língua estrangeira. Além disso, a calculadora serve de suporte para lidar com preços e descontos. Tudo para não perder a venda. “Acho muito importante ter um curso, mas infelizmente não tive condições de fazer porque não tenho como arcar com o custo. Cursos de línguas são caros”, argumentou a vendedora Cláudia Regina dos Santos.

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